Estamos na reta final!
Se possível, atualizei com regularidade, só ter um tempinho online, q tá, infelizmente, cada vez mais complicado.
Até breve e não esqueça de deixar seu voto e comentário. <3
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Marte; F-Quatro, 46 de Inverno
Meus amigos, assim como dos demais, já não estavam estáticos, mas, demoraram alguns segundos antes de conseguirem agir. Talvez fosse por causa da mais recente mulher ou porque não estavam acostumados a serem congelados.
Eu preferia acreditar que era por causa da segunda opção, mesmo que a primeira soasse mais provável.
Eu não tive muito tempo para pensar sobre, porque as pessoas do Supremo vieram correndo em minha direção.
— Parem! — gritei e quando percebi que não adiantaria, que o poder dela sobre eles era superior ao meu, fui obrigada a agir.
Desviei de um primeiro golpe diretamente em meu rosto e retribui com um em cheio no rosto do agressor, fazendo o homem do Supremo cair de costas no chão. No segundo golpe, vindo da direita, me concentrei em fazer apenas aquela pessoa recuar. A imaginei caindo e aconteceu.
Sendo assim, em vez de tentar forçar a todos sobre meu poder, usei como um golpe concentrado, em uma pessoa de cada vez.
— Claire! — Ariana correu para o meu lado, me ajudando a afastar todos do Supremo de mim — É ela!
— Ela quem? — não olhei para Ariana e me concentrei em lutar vendo que os cidadãos de Marte também reagiam.
— Ela! — Ariana repetiu, como se isso dissesse tudo.
— Quem?
— Claire! — Ás chamou minha atenção — Sério?
Franzi meu cenho vendo Ás balançar sua cabeça para mim como se eu tivesse algum tipo de retardo mental e, em seguida, se abaixou, desviando de um gole que vinha diretamente em sua direção. Ás, assim como James e Luke, tinha um reflexo invejável, mas, diferentemente dos dois, seu reflexo não era proporcionado por nenhum poder. Ás era simplesmente ágil, já que ver o presente, naquele momento, não ajudaria em desviar de golpes.
Entendi tardiamente o porquê do "sério" de Ás, quando, a cada passo que a mulher dava e um cidadão tentava atingi-la, ela não precisava de muito para fazê-lo recuar. Com apenas uma entortada de cabeça, os cidadãos, um por um, se ajoelhavam com as mãos em sua cabeça, gritando de dor.
Era claro que era ela quem controlou todos, mas não era apenas isso que Ariana e Ás tentavam me falar.
Ela era... ela.
A Mística.
E a Mística estava do lado do Supremo. A Mística era líder do Supremo.
Mística manipulava as pessoas para elas abrirem caminho para ela passar e, sem um arranhão, ela se aproximava de mim. Nenhum poder encostava em mim porque eu sabia que Misha estava me imunizando e, provavelmente, o Supremo também percebia isso, porque nem um deles tentava mais me atacar com poderes.
Um murro pegou de raspão em meu rosto e antes que eu agisse, Ariana agarrou a pessoa pelo pescoço, a jogando para longe.
Enquanto isso, Mística continuava andando. De canto de olho vi quando Misha estava preste a ser atacado por uma pessoa que se jogava sobre ele e, no último instante, eu consegui a afastá-la, fazendo-a cair sobre uma outra do Supremo.
Dois homens e uma mulher cercaram Lia e eu corri em sua direção, evitando o choque da mulher sobre minha amiga.
Se eu achava que as Caçadoras eram fortes, as mulheres do Supremo eram ainda piores.
A mulher, literalmente, chocava. Seu corpo inteiro era eletricidade e com seus punhos para o ar, eu via as faíscas vibrando.
Me joguei em frente a Lia e quando a primeira faísca veio em minha direção e atingiu diretamente em meu estômago, eu não senti nada e agradeci mentalmente para Misha por isso.
Encarei a mulher da cor lilás e percebi o quanto estávamos errados com nossas definições de cores. A maioria do Supremo eram das cores que era "vendida" a população como incorruptíveis. De lilás, ao roxo e azul.
A mulher eletrica sorriu de canto e eu retribui o mesmo sorriso sinico.
Ela abriu seus braços e eu não esperei por mais nada para imaginá-la caindo no chão. Não sentia necessidade de gritar para exteriorizar meu poder, apenas imaginei fixada na mulher.
Ela deu um passo a frente e no segundo, percebi seu corpo vibrar, como se sua perna quebrasse de um lado para o outro. Ela deu seu próximo passo e o mesmo aconteceu com sua outra perna. Quando levantou sua mão, a mesma também estremeceu e ela sequer conseguia fechar seu punho.
Sorri e levantei uma sobrancelha, perguntando a ela, sem palavras, quem ela achava que tinha vencido.
De canto de olho, notei o golpe de punho fechado vindo diretamente em meu rosto. Continuei com meu sorriso quando, sem muito esforço, segurei a mão do homem com a minha.
Vi quando Lia chutou o outro agressor diretamente em sua cabeça, o fazendo cambalear até cair no chão.
O homem que agora me atacava, levantou sua outra mão em minha direção e eu me abaixei, me desviando.
Sentia todo o treinamento que parecia inútil em Z-Mil, servir.
Como, por exemplo, o momento do qual, em Z-Mil, eu não conseguia sentir nada ao ter "perdido" meu tato e alfato. Agora, sentia como se todos os meus sentidos estivessem aflorados. Com aquele braço livre, o homem o dobrou, preste a bater seu cotovelo em minha cabeça. Me abaixei ainda mais e inclinei minha cabeça para a esquerda enquanto me levantava de uma vez e fazia o mesmo que ele tentava fazer comigo: com meu cotovelo bati na lateral de sua cabeça, o fazendo cambalear.
Lia puxou aquele homem pelos ombros, o dando um soco reto entre seus olhos.
Não tive muito tempo para pensar quando, no segundo seguinte, senti a minha jaqueta ser puxada com tanta força que cai de uma só vez para trás.
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A Indomada
Science FictionTerceiro Volume da Trilogia "A Estranha" Claire e seus amigos tem mais um problema: conseguir sair de Z-Mil. Eles juntos são fortes, porém, teriam coragem e força - tanto mental quanto física - suficiente para vencer a batalha contra seus progenit...