Olá, olá!
Tentarei atualizar com mais regularidade possível, mas, atualmente, minha vida tá bem corrida.
Lembrando que esta versão é só um rascunho, haverá futuras modificações.
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Marte; Z-Mil, Agora
Ás pulava como uma criança quando se apresentou para os outros.
Misha adorou Ás. Suas cores pareceram vibrar em sintonia quando se abraçaram. Ash, como sempre, foi mais contido e, depois de um apertar de pulsos, se afastou. Ariana aceitou o abraço de Ás, mesmo que não tenha retribuído. Como Ás e James se conheciam, se abraçaram e James parecia aliviado em ver Ás novamente.
— Você está bem! — James encarava Ás, enfatizando a sua afirmação.
— Estou muito bem mesmo. Agradeço por perguntar.
— Eu não perguntei, afirmei. — James riu.
Ás maneou sua cabeça de um lado para o outro e sorriu.
— É verdade.
Ás era definitivamente uma pessoa estranha.
— Todas as apresentações já foram feitas? — Loren ironizou — Podemos resolver o que temos para fazer agora?
Estávamos junto a todos, em uma sala repleta de cores. Loren quem tinha trazido os demais para a sala negra, de jantar e quando Soul saiu, ele assumiu o comando de nós nove, nos levando para a sala que agora encaramos.
As paredes eram de muitas cores, em uma mistura como se tintas tivessem respingado na mesmas. Já o piso e o teto eram somente das cores primárias. Lindas, brilhantes.
James parou do meu lado e entrelaçou sua mão na minha. Estávamos em uma fila não muito organizada, mas tentávamos.
— Comece logo. — Ariana falou, cruzando seus braços.
— Como todos vocês já sabem, — começou ele — um vulcão entrou em erupção e o Governo não está ajudando tanto quanto deveria.
— Nós vamos fazer o trabalho que os governantes deveriam? — Luke queria saber.
— Não. — Loren enfatizou e caminhou pela sala colorida, olhando para cada um de nós — Vocês não precisam construir nada, nem servir a população como empregadinhos. O que vocês precisam fazer é evitar uma desordem em cadeia. Ou melhor, mais do que já está acontecendo.
— O que exatamente está acontecendo? — perguntei — Marte nem sequer é um planeta capitalista. Não tem como haver corrupção.
— Pequena Claire, — ele sorri —a corrupção não precisa ser somente entrelaçada com o dinheiro. As pessoas que tem empregos considerados "melhores" não querem mais ganhar os mesmos benefícios de outras. Eles querem poder mais, ter mais. — Loren colocou uma mão em meu ombro e olhou novamente para todos para antes de concluir: — Podemos não ser capitalista, mas somos materialistas.
— Então vamos lutar? — Ariana riu e Loren a acompanhou em seu riso.
— Vamos ganhar.
— Ganhar? -— Ás franziu seu cenho — Não vamos apenas ser como... eu não sei, guardas?
— Não. — Loren se afastou de mim — Vocês colocarão a Suprema Corte em seu devido lugar. Distribuindo os mesmos direitos a todos e sim, se necessitar, ajudar as pessoas que estão desabrigadas.
— Vamos ter que nos dividir? — James apertou minha mão.
— Vocês decidiram entre si.
— Lá fora está tão ruim assim? — Merry mordeu seu lábio e Loren a fitou.
Inicialmente ele não disse nada e eu pensei que ele não a responderia, mas, ele acenou.
— Sim, Merry. — Loren esfregou uma mão na outra e seu olhar verde parecia fosco no meio de tantas cores daquela sala — Talvez vocês não acreditem, mas nós salvamos vocês.
— Nos salvaram? — Merry deu um passo a frente, o encarando ainda mais de perto — Vocês torturam a mim e a James!
— Era necessário. — o senhor Green estava sério e falava com calma, como se tudo que eles tinham feito pensando somente em si mesmo, não fosse nada.
Percebi que Luke levantou sua mão, preste a tocar no ombro de Merry, mas, no último instante, ele balançou sua cabeça e colocou suas mãos nos bolsos de sua calça. Em seguida, vi o que ele provavelmente tinha visto em sua visão do futuro imediato: Merry socando Loren.
E Merry não era delicada ou sem jeito. Seu soco era forte e preciso, a ponto de deslocar. Mas, Loren tinha uma estrutura corporal suficiente para receber a pancada e não cair, somente tropeçar um passo para trás. Ele colocou uma mão em seu queixo e fez uma careta, franzindo seus olhos.
Luke foi o primeiro a ri e Merry falou, passando uma mão em sua cabeça e sorrindo:
— Era necessário.
Loren assentiu, ainda com uma careta de dor.
— Justo. — e se reajustou, limpando suas mãos em suas roupas — Mas devo ressaltar que você, senhorita Pink, não deveria estar sequer aqui. Foi necessário o que fizemos para sabermos que você merecia ser parte desse grupo e que Ás era realmente a empatia que parecia ser.
— E eu? — James falou, com seu tom de voz alterado.
-— Também precisávamos ter certeza. — Loren falava tão tranquilamente que nos persuadia a concordar — Queríamos saber se você e Claire tinham apenas um amor platônico que estragaria toda a nossa ideia de um grupo harmonioso.
Eu abri minha boca para responder, mas ele continuou:
— Precisávamos ver que não havia inveja entre vocês. E que conseguiriam colocar qualquer preconceito e rivalidade de lado em nome de uma causa maior.
Ele sorriu e eu engoli em seco.
— Precisávamos ter certeza que vocês dariam a vida um pelo outro.
Se alguém tinha algo para falar, não falou. Eu não confiava mais em Loren e muito menos em Soul, mas, admitia que também não desconfiasse.
Poderia dizer que, de uma maneira torta, eu os respeitava, mas não concordava.
E, quebrando o silêncio, Loren bateu uma mão na outra.
— Agora, vamos começar!
E começamos.
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A Indomada
Ficção CientíficaTerceiro Volume da Trilogia "A Estranha" Claire e seus amigos tem mais um problema: conseguir sair de Z-Mil. Eles juntos são fortes, porém, teriam coragem e força - tanto mental quanto física - suficiente para vencer a batalha contra seus progenit...