Epílogo

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É o fim, fim. De verdade, acaba aqui. Claro que no futuro surgirá edições, mudanças, mas o "grosso", a base é esta aqui e ela termina.

Por favor, não deixem de colocar um comentário falando sobre toda a trajetória da trilogia, o que vocês acharam, o que acharam que podia melhorar e o que mais gostaram.

MUITO OBRIGADA TERRÁQUEOS POR ESTAREM ATÉ AQUI!

Muito obrigada.

Muito obrigada.

Espero encontrá-los em uma outra história, de um outro planeta, quem sabe outra galáxia.



***


Presente.


Há uma montanha não muito inclinada perto de minha casa. Sei que o tempo é frio, mas, felizmente, em minha pele, ele não faz muita diferença. No entanto, percebo que o tempo esfria cada vez mais por causa da neblina intensa, quase não me deixando enxergar.

Minha casa é pequena, cômodos suficientes para viver uma vida comum. Nada de muito grande ou muito ficcional. Gosto do comum por ser natural.

Não sou nenhuma grande líder de uma nação, mas sou alguém importante. Ou melhor dizendo, fui alguém importante. Não morri para ser lembrada no passado, tampouco sou uma figura ativa para ser falada no presente. Sou apenas a Claire. Às vezes, Blue.

Na verdade, não se passou tantos anos assim desde o dia que todos se ajoelharam perante a mim. Eu não me senti ovacionada ou feliz, me senti forte, indomada, mas, no momento seguinte, quando Mística já não era a líder de mais nada, sobrou para mim e eu, com a ajuda de meus amigos, assumi um planeta.

Era óbvio que isso não havia durado muito tempo e assim Loren, Ally e Soul tiveram tudo o que queria: poder. Um planeta para governar.

Mas, era lógico que aquilo não daria certo por muito tempo. A população estava enfurecida com seus líderes e assim a democracia nunca prevaleceu tanto. Os três, no fim, tiveram mais trabalho que tranquilidade, porque tudo que decidiam fazer passavam pela população. Nada mais era por debaixo dos panos.

O Supremo foi reconstruído. Não houve penas brutas, além de que, eram obrigados à servir a população, com isso, o Supremo se tornou os empregados de um povo.

Aos poucos Marte voltou para seu lugar e ainda caminhava para ser o planeta que um dia foi.

Agora, eu vivo em B-Dois. Um país pequeno, onde poucas coisas acontecem, mas, onde Marte já está reconstruído.

Estou na entrada de minha casa, com meus braços frouxamente cruzados e uma perna inclinada, fazendo um quatro enquanto encaro James colocando a comida sobre uma mesa.

Visto um macacão folgado que me faz parecer uma jovem mãe, mesmo que eu ainda não tenha tido nem um filho e, atualmente, não pretendia.

Estou descalça, o que me faz me sentir mais livre e corro, abraçando James pelas costas enquanto ele agarra minhas mãos e eu mordo seu ombro.

Ele veste uma calça qualquer e uma camisa de mangas que parece flanela, aberta.

Meu James está lindo e quando ele se vira, me olhando e sorri para mim, eu sorrio de volta, me sentindo feliz simplesmente por ver seus brilhantes olhos focados em mim.

Ele passa uma mão em minha nuca e outra em minha cintura antes de me beijar. Seus lábios são sempre gostosos, não macios demais, tampouco brutos. James é e sempre foi o equilíbrio.

— Eca! — Abezan grita, vindo atrás de nós — Vão para um quarto!

James se afasta de mim, revirando seus olhos para Ás e coloca suas mãos em meus ombros.

— Vamos comer de uma vez? — Ariana se senta no banco reto em frente a mesa e bate na mesma.

— Estou esperando por isso. — Lia se senta logo após Ariana e ao seu lado.

— Finalmente! — Luke sai da casa, andando apressadamente.

— Falaram em comida? — o blackpower de Merry surge antes dela na janela da sala de minha casa.

— Ufa. — baixo, Ash fala, também saindo da casa.

— Por todos os Deuses! — Misha pula, correndo em direção a mesa.

Dessa vez quem revira os olhos, sou eu, mas, ao mesmo tempo, sorrio.

Nós não estamos sempre juntos, mas quando estávamos, é sempre confuso e nunca deixa de ser engraçado.

São a minha família. A família que eu pude escolher e que eu não me arrependia em ter.

Eu não queria ser super popular ou super conhecida em toda a nação, bastava que aquelas pessoas me conhecessem de verdade e estivessem do meu lado.

E elas estavam. Isso já era o suficiente para mim.

Minha barriga roncou e sentada à mesa olhei cada um de meus amigos, ainda com um sorriso no rosto.

Nós nos sentamos levemente esmagados, se apertando um no outro e rindo de coisas aleatórias. Um, jogava comida no outro. Outro, gargalhava da piada de um.

Eu somente sorriso, olhando cada um, como se fossem pinturas.

Eu podia me achar indomável, mas, ao conhecê-los minimamente, sabia que eles também eram.

Todos nós somos, de alguma maneira, indomáveis.

A IndomadaOnde histórias criam vida. Descubra agora