Bônus: Preparar

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Marte; C-Sete/F-Quatro, 45 de Inverno


Eu não sabia se as pessoas em C-Sete estavam preparadas para lutar, mas elas precisavam estar.

"A união faz a força" nunca fez tanto sentindo e essa sequer era uma frase de Marte, era um "Made In Terra" que era reparassado em Marte sem nós sabermos como ou onde começou a circular.

— Lia, você acha que eles estão preparados? — Merry se aproximou de mim, olhando, de longe, para os cidadãos.

— Estava pensando nisso agora... — passei uma mão em meu cabelo, ajustando-o em um rabo de cavalo — Se não estão, terão que estar.

— Não acha que pode ser muito pesado para eles?

— Não será. — Ariana respondeu na minha frente — Eles estão preparados.

— Por que você acha isso? — a encarei.

— Eles só esperavam por um impulso para ir. Eles querem isso.

— Como você pode ter certeza? — Merry colocou suas mãos em seus quadris.

Ariana, por sua vez, sorriu.

— Sei o que é ódio no olhar quando vejo.

-— Então o que você acha que devemos fazer? — questionei.

— Vocês não tem opiniões? — Ariana arqueou uma sobrancelha e eu sorri.

Depois que eu me acostumei com ela, nada soava rude propositalmente. Ou melhor dizendo: era propositalmente, mas não para machucar. Era apenas Ariana sendo sincera e quando Ariana era sincera, era rude.

Afinal, às vezes a sinceridade, doía.

— Devemos-... — eu e Merry falamos em uníssono.

— Termine. — falei com ela.

— Devemos dividir as pessoas.

— Eu iria dizer que devemos separar as crianças.

Ariana acenou.

— Deixaremos os homens cuidado das crianças e iremos para...

— F-Quatro. — Merry a cortou — Onde Claire está.

Acenei.

— Acredito que os meninos também irão para F-Quatro depois.

— Também acho. — Ariana falou — Podemos falar com os demais?

Antes que nós assentissemos, o menino que estava escondido atrás das pernas de Merry, falou:

— Todos eles já ouviram.

— Garoto! — Ariana reclamou e o menino riu enquanto corria se afastando de nós.

Franzi meu cenho, encarando o garoto correr.

— Qual o poder dele? — o olhava e continuava sem entender.

O menino riu e se virou, nos olhando.

— Esse! — ele levantou uma mão em direção a um grupo de pessoas e tudo que eles falavam, nós ouviamos, no entanto, elas continuaram falando, sem perceber o que acontecia.

A IndomadaOnde histórias criam vida. Descubra agora