Capítulo 10

58.1K 5.5K 3.3K
                                    

Nem dormi direito e é inacreditável que agora estou perdendo noites de sono por causa do Vincent, o maior problema desse jogo todo é a empresa, como lá é um ambiente formal não posso sair que nem uma louca atacando ele e tudo que vou fazer precisa ser feito de forma discreta, afinal não vou por meu trabalho em risco.

Depois de muito pensar decidi por fazer duas coisas, a primeira vai ser sabotar o mouse dele, sei que parece bobo, mas ele usa mouse no notebook e vou tapar o detector luminoso com um adesivo, vou tentar fazer isso assim que eu chegar na empresa ou na hora do almoço, sim é algo bobo, mas é simples e não faz alarde, ele vai ficar que nem um bobão tentando mover o mouse e não vai conseguir e isso vai me garantir um ponto.

Já a segunda coisa que vou fazer é grudar chiclete no cabelo dele, mas calma não sou um monstro e não vou estragar o cabelo dele, vou grudar só na pontinha e em uma mechinha, portanto não vai afetar em nada aquele cabelão dele.

Pensei em fazer inúmeras coisas, o grande problema é que o Vincent divide a sala com o Kevin e isso complica muito minha vida, portanto essas foram as coisas mais simples que consegui pensar e vai ser isso que vou fazer.

Cheguei na empresa um pouco antes do horário e assim que estacionei e desci do carro já fui para o elevador, estava ali ansiosa esperando o elevador chegar quando Vincent quase me mata do coração.

- Búúú! - Ele disse colocando a mão na minha cintura e estava tão distraída que nem vi.

Acabo tomando a droga de um susto e não acredito que caí nessa! Vincent fica rindo e quando se acalma fala.

- 8 x 8 ! - Ele fala e olho ao redor dando graças por estar tudo vazio e por só dois seguranças que estão por ali terem visto o acontecido.

- Isso não tem a menor graças e nem deveria contar como ponto! - Falo emburrada!

- Teve graça sim e nem vem com esse papinho, ontem você fez o mesmo comigo no banheiro! - Ele diz e calo a minha boca, afinal é verdade.

O elevador chega e com certo receio entro no mesmo e Vincent entra junto, aperto o botão do nosso andar e estou morrendo de medo dele fazer algo.

Fico parada olhando a porta se fechar e depois foco minha visão no painel que mostra os números dos andares, Vincent está do meu lado e sinto um frio na barriga, nem ouso olhar pra ele e só quero que o elevador suba o mais rápido que puder.

- Você está bem gostosa nesse vestido docinho. - Ele fala se virando pra mim e me olhando de baixo pra cima.

Fico quietinha rezando para o elevador chegar e estou apertando a alça da minha bolsa como se minha vida dependesse disso.

- Não vai agradecer pelo elogio borboletinha? O certo seria você falar "obrigada Vincent você também está gostoso no seu terno, quer dar uma rapidinha?" - Ele diz imitando uma voz feminina e nessas alturas do campeonato já estou morta de vergonha e meu rosto está queimando.

- Você é... é muito vulgar. - Falo sem olhar pra ele.

- E você é muito certinha, precisa se soltar mais borboletinha... - Ele fala se aproximando e falando baixinho.

- Não preciso me soltar nada, estou muito bem assim. - Digo sentindo o perfume dele e me inclinando um pouco para o lado, ele está muito perto.

- Você me intriga docinho, qualquer mulher já teria pulado no meu colo na primeira oportunidade, mas você está me dando trabalho... você é lésbica? - Ele pergunta curioso.

- Eu não! - Falo olhando pra ele e continuo. - Gosto de homens e você é um completo sem noção, eu sou uma mulher normal como todas as outras, não tenho culpa se você está acostumado com vulgaridade, enfim nós nunca vamos ter nada, como já disse sei bem como você é e não tenho interesse algum em ter algo com você. - Falo de uma vez.

Jogando Com VincentOnde histórias criam vida. Descubra agora