Capítulo 14

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Os dias foram se passando e Vincent não me mandou nenhuma mensagem nem fez nenhuma gracinha, confesso que fiquei com uns sentimentos estranhos por não ver ele pela empresa, sim eu acho que senti falta dele, mas isso é segredo e nunca vou admitir em voz alta.

Hoje já é quinta-feira e almoçamos eu o Sr. Foster e o Kevin, o dia está parado e estou na minha mesa quando o telefone toca, é a moça da recepção lá de baixo falando que tem uma entrega pra mim, acho super estranho, afinal não comprei nada e normalmente não compro coisas pela internet justamente por não ter quem receba em casa, normalmente compro as coisas direto em lojas e nunca mandaria entregar nada na empresa.

Como eu tinha que descer uns documentos para um dos arquitetos aproveitei e fui até a recepção do prédio, peguei a caixinha que a recepcionista recebeu por mim e fui para o elevador morrendo de ansiedade, é uma caixa de papelão no tamanho de uma caixa de sapato e não é pesada, não tem remetente e como o elevador está vazio vou abrindo a caixa, o elevador vai subindo e quando chega ao meu andar já abri a caixa e me deparei com um monte de pequenos isopores em formato de X, são aqueles isopores que servem para proteger o objeto dentro da caixa.

Caminho devagar para minha mesa coloco a caixa em cima da mesma e vou abrindo espaço entre o isopor e quase desfaleço de vergonha quando chego ao objeto que tem dentro da caixa, me deparo com um PÊNIS DE BORRACHA!

Fico tão assustada e envergonhada que fecho a caixa rapidamente olhando ao redor desesperada para ver se alguém estava me olhando.

Ninguém me viu e fico olhando para a caixa mortificada, com certeza isso é coisa daquele imoral do Vincent, estou ali sentindo meu coração bater acelerado quando a porta do Sr. Foster se abre e ele começa a falar.

- Valerie eu vou descer para ver as maquetes... - Ele fala e assinto morrendo de medo por conta da caixa. - O que é essa caixa? É pra mim? Você comprou chocolates? - Ele pergunta e começo a suar frio.

- Chocolates? - Falo dando um sorriso nervoso tentando pensar em algo.

- São chocolates? Deixa eu ver! - Ele fala parando do meu lado.

- Er... n... não são chocolates senhor. - Falo colocando as mãos na caixa par ele não abrir.

- São doces? Deixa eu ver? - Meu Deus!

- S... são... cremes, isso cremes... er... eu fui na dermatologista e ela pediu que eu usasse um hidratante feito em... em farmácia de manipulação e pedi pra entregarem aqui, pois a farmácia fica bem longe e não tem ninguém em casa pra receber... - Deus que ele acredite em mim!

- A sim, eu também uso desses cremes, na verdade a Susan que sabe o que é, o médico que indicou e eu nem sei o nome, o cheiro é bom, mas as vezes é chato passar aquilo, eu penso que seria mais fácil tomar um comprimido e pronto, no futuro espero que a ciência evolua bastante, vai ser ótimo tomar um comprimido e ter tudo hidratado, certa vez tive que usar um shampoo que fedia tanto, os meninos eram pequenos e me apelidaram de "papai fedo", por sorte só tive que usar duas semanas... - Ele fala e assinto e quando ele termina de falar por um milagre ou sorte o telefone em cima da mesa toca e atendo.

O Sr. Foster se vai e assim que termino a ligação pego a caixa e coloco ao lado da minha mesa no chão morta de vergonha, estou constrangida até por ter que pegar na caixa e nesse momento meu celular apita e é uma mensagem do Vincent.

"Gostou do presente docinho? Aposto que você quase desmaiou de vergonha :DDD"

Que babaca!

"Seu pai quase viu o que tinha dentro da caixa, por sorte consegui inventar algo, você é um completo idiota!"

Envio depois de digitar rapidamente.

Jogando Com VincentOnde histórias criam vida. Descubra agora