Capítulo 31

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Escuto um barulho e abro os olhos assustada, a luz do meu quarto está acessa e vejo a garrafinha de cerveja caída na minha cama, pego o celular olho as horas e são uma da madrugada, acabei pegando no sono e acho que foi a cerveja, estou ali passando a mão no rosto tomando coragem pra levantar por um pijama e escovar os dentes quando escuto outro barulho.

Parece alguém batendo na parede e acho que está vindo do corredor, será que é o idiota do Vincent que chegou e está irritado ao ponto de bater nas paredes? Ou será que ele bebeu e está se escorando em tudo? Na maior má vontade me levanto da cama e vou até a porta, afinal se Vincent se machucar é capaz de me culpar, já basta o arranhado na testa dele, que por sinal nem foi nada de mais e ele nem está mais usando Band-Aid.

Abro a porta já esperando encontrar Vincent e quando dou um passo pra fora e olho para o fim do corredor congelo no lugar, vejo uma pessoa parada de pé com uma fantasia daquele filme pânico, a roupa é toda preta como um vestido e a máscara branca é assustadora.

Fico paralisada por uns segundos até entender que é o assassino fantasiado, sim é ele!

Berro um socorro e entro correndo quase que caindo para dentro do quarto, corro sentindo tanto medo como nunca senti na vida e entro para dentro do banheiro, tranco a porta e grito por socorro, vou até a janela para tentar sair pela mesma, mas tem grade e me sinto uma burra nesse momento, eu poderia ter corrido lá pra baixo e nessa hora me vem em mente que os seguranças devem estar mortos e que vou ser a próxima.

A maçaneta da porta se move e tento achar algo para bater no assassino e não acho, começo a chorar de desespero e escuto uma pancada na porta, sim eu vou morrer e vai ser agora! Sem ter muito o que fazer choro alto e vou para dentro do box, me sento no chão e abraço minhas pernas começando a rezar.

Peço perdão pelos meus pecados e fecho os olhos apertados, não quero que minha última visão na terra seja do assassino e por uma fração de segundos consigo pensar na minha mãe, nas fotos que já vi dela e no meu pai e na minha avó, mas logo escuto o barulho de outra batida na porta e começo a rezar outra vez.

Tapo meus ouvidos com as mãos e fico ali rezando baixinho, tudo que consigo fazer é rezar e pedir perdão pelos meus pecados, um tempo depois que não sei quanto foi sinto uma mão tocar a minha canela e me encolho mais ainda, sim chegou a minha hora, vou para o céu rever minha família e vai ser agora.

O tempo passa e só sinto a mão que agora está no meu braço meio que me chacoalhando e isso está me dando mais medo ainda.

- Se vai me matar mata logo! - Falo ou grito ainda de olhos fechados e ainda tapando meus ouvidos.

- Valerie! Valerie! - Escuto baixinho e sinto chacoalhar mais forte meus ombros.

Como o assassino sabe meu nome? Ouço chamar outra vez e a chacoalhar mais meu ombro e a voz... sim essa voz.... eu conheço essa voz, é a voz do segurança que estava lá em baixo na porta, o segurança que me deu informações sobre a festa, ele deve ter matado o assassino e veio me salvar! Sim estou salva!

Devagar tiro as mãos dos meus ouvidos e levanto a cabeça abrindo os olhos com muita esperança de que não vou mais morrer, então vejo o segurança abaixado na minha frente me olhando como se estivesse com muita pena de mim.

- Está tudo bem, se acalme... se lembra de mim? Me chamo Gary, nós conversamos lá em baixo sobre a festa... - Ele fala e assinto receosa e meio que em pânico ainda e ele continua. - Ninguém vai te machucar, está tudo bem era só o Vincent pregando uma peça em você... - Gary diz e só então levanto o olhar vendo Vincent de pé me olhando com uma cara estranha e com a máscara do filme pânico na mão.

Jogando Com VincentOnde histórias criam vida. Descubra agora