Capítulo 30

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Estava a um bom tempo ali chorando e já tinha tomado mais alguns goles da cerveja quando escutei algumas risadas e vi Vincent vindo com uma das moças que esbarrou em mim, ela é loira e veste uma saia tão curta que eu sinto vergonha por ela, me lembrou muito aquelas prostitutas que ficam na rua, não me achem preconceituosa nem moralista, mas quem anda por aí com uma saia mostrando quase que a calcinha? Se ela estivesse em uma praia eu fico quieta, mas não é o caso.

Eles passam por mim e quando Vincent abre a porta do quartinho a moça entra e acho que Vincent percebe minha presença e olha diretamente nos meus olhos, viro o olhar e abaixo a cabeça olhando para minha garrafa.

Ele entra fecha a porta com força e fico ali sentada sentindo ódio dele, minha vontade é de entrar naquela porcaria de quartinho bater nele e naquela vagabunda, mas me controlo e bebo mais um gole da porcaria da cerveja.

Estava ali feito uma idiota tomando coragem pra me levantar e entrar dentro da casa quando a porta do quartinho se abriu, a biscate da moça loira saiu com uma cara estranha.

Ela saiu sozinha e achei tão rápido a sua saída, quer dizer achei que as pessoas demorassem mais pra transar, não tem nem 5 minutos que eles entraram ali... estou ali divagando sobre o tempo de transa quando Vincent sai do quartinho, ele também tem uma cara estranha e nem olha pra mim.

Ele simplesmente sai andando para aonde estão as pessoas e fico ali que nem uma idiota tentando entender a cara estranha deles, como é a cara de alguém que acabou de transar? O certo não seria a pessoa estar com um sorriso na cara?

Não tinham se passado nem 5 minutos que Vincent se foi e logo ele voltou com uma outra moça, ela tem os cabelos escuros e está com uma roupa até que mais comportada, fico olhando a moça sentindo tanta raiva do Vincent que chega a me dar até aflição, mas fico na minha e os dois entram no quartinho, é inacreditável que ele vai transar com outra mulher! Vincent é um verdadeiro animal, sorte a minha que nunca vou fazer parte das milhares de mulheres que ele vai transar.

Continuo a tomar minha cerveja e quando dou o último gole a moça de cabelos escuros sai do quartinho, ela parece irritada e também tem uma cara super estranha, ok definitivamente está confirmado, quem faz sexo fica com cara estranha, penso e dou uma risadinha.

- Minha primeira cerveja. - Falo fitando minha garrafinha.

Bom pelo menos não fiquei bêbada, agora só preciso voltar para o meu quarto, ou melhor vou para a cozinha preparar algo pra comer, talvez eu deveria fazer um queijo quente e tomar outra cerveja, afinal uma não teve efeito algum!

Tomo coragem e quando me levanto do banco Vincent sai do quartinho e já vem pra cima de mim.

- Está satisfeita? - Ele pergunta me olhando furioso.

Que estranho, será que ele está falando da cerveja? Bom eu nunca tinha tomado e achei amarga, mas estou satisfeita por ter tomado toda.

- Sim... - Sussurro baixinho.

- Como você fez essa merda? Eu nunca passei por essa porra de situação na vida! Você tem noção de como isso é humilhante? - Do que ele está falando?

- Ãh? - Pergunto sem entender.

- Como você fez? - Ele fala mais nervoso ainda.

- Do que você está falando? - Pergunto encarando aqueles grandes olhos azuis.

- Você é o caralho de uma sínica! - Ela fala furioso passando as mãos nos cabelos.

- Eu não sou caralho e nem sínica, você está maluco! – Sim, ele está maluco.

Jogando Com VincentOnde histórias criam vida. Descubra agora