Losing My Mind • Pesy •

Wardrobe

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[Jesy]

Exatamente como em qualquer filme adolescente que eu já assisti, chegamos ao momento crítico onde todo mundo se fode: verdade ou desafio. Se eu estivesse totalmente sóbria, eu jamais aceitaria algo assim, porque na minha lista de pânicos, verdade ou desafio estava no top 3 de situações mais vergonhosas em que eu poderia me meter. E estava tudo caminhando pra isso, por exemplo o fato de Leigh estar com a garrafa agora, pra fazer um desafio pra mim. Olhando o ambiente, podemos notar a que ponto já tínhamos chegado nesse jogo idiota: Jade tinha bebido mais dois copos de uma bebida que eu mal aguentei tomar alguns mls, Leigh estava só de camiseta e calcinha e Perrie de short e tope (e eu queria entender o que diabos tinha a ver tirar a roupa só porque errou ou mentiu [não que eu estivesse reclamando da visão das três garotas com peças de roupa faltando] graças a deus eu só tinha escolhido verdades).

— Jesy, suas verdades acabaram. Agora você só pode escolher desafios.

—O QUE? –gritei e Jade resmungou, rindo em seguida. Bom, eu me fodi, eh isto.

— Isso mesmo que você ouviiiuuu. –ela cantarolou, se divertindo com meu sofrimento. Perrie me olhou apreensiva ela sabia da minha timidez excessiva. — Boooom, eu desafio você a entrar no armário com a Perrie por dois minutos e sair de lá ilesa. –ela me olhou furtivamente e jade começou a rir mais ainda. Eu tava querendo calar as duas na porrada, mas no momento todos meus músculos eram feitos de uma gelatina bem molenga.

— Leigh, o que isso tem a ver? –Perrie mordeu o lábio nervosa. Era uma situação absurda e totalmente fictícia. —Não estamos em nenhum filme brincando de cinco minutos no paraíso.

—Bom, vocês são lerdas demais pra agirem sozinhas. –ela sorriu e se virou pra mim. — É isto, senhorita Nelson. Ou assenhora prefere tirar a roupa? –e teria gritado de vergonha se Perrie não tivesse colocado uma mão em meu ombro.

— Tudo bem Jess. É apenas um desafio idiota de uma garota bêbada. –a loira estava bem irritada, parecia pra mim. Mas algo nunca seria possível entre nós então tentei gradualmente relaxar, sabendo que nada aconteceria ali.

Não deu certo.

Perrie tinha um armário embutido na parede que tia Debbie deu pra ela guardar os sapatos. Se eu bem conhecia Perrie, não deu certo porque ela costumava largar tudo jogado por ai, em lugares estrategicamente escondidos, mas não menos bagunçados. Era branco com rajadas pretas e tinha no máximo 1,5 metros de largura x 2 de altura. Era bem pequeno mesmo.

Eu vou matar Leigh-Anne se ainda me lembrar de tudo isso amanhã.

Nos levantamos e eu entrei primeiro, seguida de Pezz. O espaço era pouco, então ficamos bem próximas, eu podia sentir a respiração dela em mim. A minha eu não podia, porque no caso eu já estava morta.

— Você é uma garota acabada quando sairmos daqui. Leigh.

—Byeee, até daqui a dois minutos. Eu quero batons borrados, viu? –ela foi falando enquanto arrastava a porta de correr. Ouvimos um barulho depois de pequenas risadas das nossas amigas lá fora.

—Leigh é o ser humano mais imbecil desse mundo. –eu comentei. Tentando controlar a respiração.

— Eu tinha um respeito por ela antes de conhece-la, que nunca mais vai voltar. –Perrie concordou e voltamos ao silêncio.

São só dois minutos, Jessica Louise, se acalme, não precisa pensar em todas as vezes que se imaginou num ambiente escuro e apertado com Perrie Edwards, vulgo a garota que você ama e chora todas as noites por vários lugares. Tentei não deixar a mente divagar.

 Perrie estava de olhos fechados e um lábio entre os dentes. Parecia estar tentando se concentrar em outra coisa. Mas por que ela estava tão nervosa? Ah cara, deve ser bem ruim ficar junto comigo assim.

Ela pigarreou.

— Acho que já passou. –balançou as mãos, antes de bater na porta. —Abre sua imbecil, já deu o tempo. –sem resposta, na verdade, prestamos atenção no som de fora e não havia som: elas tinham saído. — Ah não. –ela disse e seu peito começou a subir e descer mais rápido quando eu tomei atitude de sacudir a porta, que ao menos balançou. Virei pra Pezz apenas pra constatar o óbvio.

—Elas nos trancaram, Perrie.

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Leighade: a

eu: lindíssima, trancou tudo