I don't believe she made this

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— Amore, você devia ter falado isso antes, que a gente já teria te ajudado. –Dinah disse, escorrendo cinismo. Eu não entendi uma palavra.

—Que? –Quando chegamos no alto da escadaria, onde seus amigos estavam, percebi que tinha mais pessoas que o comum, eu não sabia o nome da metade. Só quem eu conhecia dali eram Dinah, Camila e Niall, além do jogador de basquete que se eu não me engano se chamava Harry James (e seus outros amigos tão padrãozinho quanto). As garotas e garotos do colégio morriam por ele, mas além de eu ser lésbica eu não conseguia ver muito nesse garoto além de um sorriso arrogante como todos os outros. Virei o rosto pra quadra pra ver Perrie adoravelmente jogando vôlei no mesmo time que Jade, Leigh e Lauren. — Do que está falando, Dinah?

—Olha, nossa apaixonadinha! –Camila falou arrastado demais e eu juro que quis arrancar meus ouvidos. Quando eu percebi que era comigo que estavam falando, quase tive um ataque. Será que tinham descoberto sobre eu gostar de Perrie? Porque se fosse, minha vida estaria acabada.

—Quem diria né, queridas? –Niall chegou perto, passando um braço por meu ombro. O contato me fez arrepiar de um jeito bem ruim. —Até as mais quietas se apaixonam. E eu achando que tu era santinha.

—Mas que porra vocês estão falando? –eu estava realmente irritada e quando eu fico irritada eu fico com vontade de chorar, então já estava vendo onde ia dar isso.

—Super faz sentido, Niall, sabe naquelas histórias onde a estranha se apaixona pelo popular, é isso que ta rolando com a nossa Jesy. –Dinah explicou, embora pra mim continuasse confuso. —Não faça essa cara Jesy, todo mundo sabe que você é doida pelo Harry. –ela apontou pro jogador de basquete e meu queixo caiu.

—O QUE? –eu literalmente gritei, mas o barulho das duas quadras abafou.

—Fala Harry, rola um esquema com a nossa Jess?

—Deus me livre. –ele falou de modo tão espontâneo que eu juro que senti minha dignidade sendo partida em cinquenta pedaços. Sei que a opinião dele não devia me importar, mas todas essas críticas me importavam, até demais. —Tem tanta mina no meu pé, por que eu ia ficar logo com essa? Além do mais, eu sei da tua fama. –ele apontou pra mim, rindo. Eu senti o estômago revirar, tendo certeza que tudo pioraria bem agora.

—Fama? –soltei uma risada seca, sem querer saber o que ia ouvir.

—Ah, mas isso não é problema, transar é bom e normal. Mesmo que excessivamente como você faz. –Dinah disse, arrancando risadas de todo o resto.

—Do que você ta falando? Eu nunca fiz nada disso.

—Oh, baby. –ela pegou o celular, aparentemente procurando algo no mesmo, então me mostrou um grupo no whatsapp. Meu nome era citado diversas vezes, garotos que eu nem conhecia dizendo que tinham se relacionado comigo. Devolvi o celular pra ela, sem saber direito como reagir. Morrer seria uma boa opção. Meus olhos estavam cheios de lágrimas.

—Agora, a gente sabia que você era desesperada, mas nem tanto. –eu nem me dei ao trabalho de saber de quem viera esta ultima frase. Eu só explodi.

—Como vocês conseguem ser tão filhos da puta? Vocês se sentem melhor assim? Porque vocês sabem que isso não é verdade! O que Perrie pensaria se soubesse que vocês fazem isso?

—Baby foi Perrie quem nos contou quem você é. –Dinah mordeu o lábio, tentando conter o sorriso. Não acreditei no que estava ouvindo.

—Eu... –minha garganta fechou e eu não consegui fazer nada além de sair correndo. Dei graças por essa já ser a ultima aula e eu poder ir embora sem encarar ninguém.

Porque a única coisa que eu queria encarar agora era minha lâmina.

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eu ainda não consigo acreditar como esse diálogo é nojento em tantos níveis. :(

Losing My Mind • Pesy •Onde histórias criam vida. Descubra agora