38.Proposta Irrecusável

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Mell

        Coloquei uma bata de Lívia e um short de Lucas, nada dela a não ser a blusa coube em mim. Isso eu já tinha previsto. O short de Lucas, também ficou um pouco folgado, mas nada de muito exagerado.

        Eu secava o cabelo quando Lucas apareceu desesperado na porta do banheiro, o que me assustou.

― O que aconteceu? ― perguntei apavorada.

― Não aceita. ― sua voz era ofegante.

― Não aceita o quê? ― franzi o cenho sem entender nada. Por que ele estava ofegando?

― O con....

        Meu celular começou a tocar fazendo o som ecoar por todo o banheiro, eu tinha trago ele comigo e o colocado em cima da pia. Lucas olhou para o aparelho apreensivo me vendo pegar o aparelho e atender em silêncio.

― Oi! ― atendi sem ao menos ver quem era.

― Mell, sou eu Lili. ― sua voz melosa soou do outro lado.

― Ahh... Oi Lili. ― Joguei a toalha que estava nas minhas costas na pia e sai do banheiro. Lucas veio apreensivo atrás de mim. ― Aconteceu alguma coisa? ― perguntei com descaso. Eu sabia que tinha, mas não podia dizer logo de cara.

― Eu acabei de falar com o Lu, e como você sabe minha mãe está adoentada e eu queria que você viesse com ele.

        Lucas começou a pular na minha frente acenando negativamente, num gesto frenético. Olhei para o outro lado e instantaneamente ele apareceu, pulando e saltitando. Ri.

― Hurum... O Lucas me contou sobre sua mãe, que triste amiga. ― ela continuava falando e eu me controlando para não gargalhar com as coisas que Lucas fazia.

        Sai andando para sala e ele veio atrás, sentei-me no sofá e ele a minha frente, mordendo o lábio tão forte que cheguei a pensar que fosse arrancar um pedaço a qualquer momento. Soltei um beijo pra ele e comecei a piscar provocando-o. Enquanto ele batia as pernas contra o chão e apertava os punhos revirava os olhos para as minhas insinuações debochadas.

― Então Mell, você vem?

― Claro que vou Lili. ― Lucas levantou furioso do sofá. Passou a mão na nunca e quando me virei para olha-lo tinha entrado no quarto batendo a porta.

― Que foi esse barulho? ― perguntou a inocentinha e eu pensei: é apenas o seu noivo batendo a porta do quarto. Mas não ousei em falar.

― O vento bateu a porta aqui, nada de mais não.  ― Lili preciso desligar aqui.

― Ok, te vejo amanhã.

        Desliguei e fui atrás de Lucas. Eu não deixaria ele ir para lá ficar com ela, e eu aqui bancando de otária. Nunca!

        Lucas estava jogado na cama deitado de bruços emburrado. Isso eu já esperava.

― Não fala porra nenhuma comigo Mell. Pedi pra você dizer não e você foi lá e aceitou, que droga! ― Se levantou abruptamente e saiu do quarto passando pelo corredor. Fui atrás dele.

― Claro que eu vou. ― gritei. ― Eu não vou deixar você lá com ela. O que você acha que eu sou? Otária?

        Pronto começaríamos um discussão boba agora. Tudo porque eu não queria que ele fosse sozinho para ficar com a noivinha dele.

― Qual parte você não entendeu que eu não quero nada com ela? ― voltou e me prendeu na parede com seu corpo. ― Eu só quero você Melyssa, é difícil de entender isso?

― Agora já ta feito Lucas, não adianta ficar bravinho comigo. ― virei o rosto. 

― Você é incrível ― bufou. ― Faz as merdas e ainda quer sair como certa. ― virou meu rosto para encara-lo. ― Só te peço um coisa, nada de gracinhas dona Melyssa. ― riu. Era bom saber que ele não conseguia ficar bravo comigo por muito tempo

― Prometo!

― Mesmo? ― perguntou com as sobrancelhas franzidas.

― Mesmo. Juro... Juradinho. ― fiz um X com meus dedos os beijando.

― Wonnn, nada de desperdiçar beijos assim. ― tirou os dedos da boca. ― Me beije e seja feliz.

        Eu ri iniciando um beijo lento.

― O que vamos fazer o dia todo aqui? ― perguntei.

― Quer mesmo saber? ― fez uma cara de safado com um sorriso malicioso no rosto.

        Fomos para o quarto, ele me arrastando e me jogando na cama. Fiquei deitada no ombro de Lucas, enquanto ele passava a mão pelo meu cabelo, eu tentava imaginar tudo o que estava acontecendo e em como eu me sentia a mulher mais feliz do mundo. Eu não via a hora de podermos ficar junto sem fingimentos.

― Agora sou abrigada a ir pra casa. ― sussurrei. Os Batimentos do seu coração, agora mais lentos em meus ouvidos.

― Por quê?

― Preciso arrumar minhas coisas amor.

― Agora não, ainda são... ― olhou no relógio. ― 15:00 horas,.e hoje você fica aqui comigo, nós vamos lá você arruma suas coisas e voltamos. ― envolveu seus braços me prendendo apertando pela cintura.

― Bom, você sabe como mulheres são enroladas, não vamos demorar muito para ir até lá. ― apoiei meu queixo em seu peito para olha-lo

        Ele respirou fundo e deu um sorriso triste.

― Tudo bem. Se não há outro jeito.

Ficamos deitados um tempo até criamos coragem de levantarmos da cama e irmos até meu apartamento arrumar minhas coisas.

― São só dois dias Melyssa, para que levar tanta coisa nessa mala. ― Lucas se lamentava em indignação vendo a enorme mala que eu fechava em cima da cama.

― Tudo o que eu preciso está aqui, não enche e me ajude. ― resmunguei puxando a mala pesada. 

Lembranças - CONCLUÍDO (SEM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora