9. Namorada/Mulher (parte ll)

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― Eu não devia estar aqui Lucas. ― contestei. ― Você tem coisas a fazer e eu só vou atrapalhar estando aqui. ― passamos pela porta, ele me apoiando contra seu corpo.

― Você não está me atrapalhando Mell. ― me sentou sobre o sofá. ― Eu quero cuidar de você. ― se jogou no sofá ao meu lado cansado. ― Tá sentindo alguma dor? ― virou o rosto para me olhar

― Um pouquinho. ― fiz careta. ― Mas Lucas, e o seu trabalho. ― voltei a reclamar. Eu era um incomodo ali disso eu tinha certeza. E eu odiava incomodar as pessoas.

― Meu trabalho pode esperar. ― olhou no relógio em seu pulso. ― Está quase na hora do seu remédio para dor. ― passava os olhos rapidamente pela receita médica. ― Você precisa comer alguma coisa antes, não vai poder tomar o remédio de estomago vazio. ― olhou-me de um jeito paternal.

― Eu não estou com fome. Estou preocupada com você. ― joguei o pescoço para trás deixando-o cair no encosto do sofá e fechei os olhos.

― Preocupada comigo? ― disse com ar de riso.

― Sim! ― virei o pescoço para encará-lo.

― Quem está doente aqui é você. ― lembrou-me. ― E você está preocupada comigo. ― bufou rindo. ― Você tem que comer. ― levantou. ― Depois tomar o remédio.

― Já disse que não estou com fome. ― resmunguei.

― Larga de ser teimosa e birrenta Melyssa. ― cruzou os braços e semisserrou os olhos. ― Está parecendo criança mimada.

― Digo o mesmo a você. Disse que ia ligar para o seu amigo e até agora nada.

― Já vi que vou ter trabalho com você. ― arfou. ― Eu me esqueci. Vou ligar agora é isso que você quer? ― pegou o celular no bolso da calça. ― mas com uma condição. Depois você vai ter que comer.

― Isso é chantagem? ― ele estava certo eu já estava parecendo criança mimada, analisei por um minuto. ― Ok eu como. ― disse me rendendo. ― liga pra ele e eu faço um esforço pra comer.

― Ai garota. ― bufou impaciente, voltando sua atenção para a tela do celular teclando os números apressadamente e colocando o celular em seu ouvido logo em seguida. ― Daniel meu brother, como foi ontem? ― fiou em silêncio. ― então ocorreu tudo bem... Uhum, eles assinaram? ― mais uma pausa. ― me mantenha informado se surgir algo novo. Minha mulher? ― olhou pra mim. ― O médico acha que é suspeita de dengue, mas eu vou cuidar dela. ― sorriu. ― A propósito você fica de olho em tudo ai pra mim parceiro? Ótimo, fico te devendo mais uma. ― gargalhou. ― Obrigado. 

        Desligou o telefone colocando-o no bolso e parou de frente pra mim. 

― Satisfeita? Agora podemos comer?

― Quero tomar banho antes. ― falei dengosa.

― Desculpas não Mell, por favor. ― se ajoelhou na minha frente.

― Não é desculpa, eu fiquei deitada naquela cama de hospital cheia de bactérias. Necessito de um banho. Isso é pedir de mais?

        Ele me analisou por um tempo, não sabendo se sedia ou não 

― Você também, ficou lá horas comigo, deve está todo imbactériado. ― disse sem saber se essa palavra existia. ― Não vou comer o que você fizer nesse estado. ― fiz bico e virei o rosto.

― Tá bom birrenta. ― virou meu rosto. ― Você tem razão. Mas vai passar da hora do seu remédio. Vamos fazer o seguinte, você toma pelo menos um copo de leite, um biscoitinho desses de água e sal, toma o remédio e ai eu te ajudo a tomar banho. Fechado?

Lembranças - CONCLUÍDO (SEM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora