43.Ditados Populares

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Mell

Lucas estava muito quieto para o meu gosto. Ele estava deitando entre as minhas pernas, enquanto eu fazia carinho em seu cabelo, era sensação de passar meus dedos entre os fios de seu cabelo negro era ótima.

― O que você tem amor? ― quebrei o silêncio que se tornava agonizante para mim.

― Nada! ― respondeu. Seus olhos estavam fechados, eu estava sentada então podia ver.

― Lucas Viana quietinho. ― curvei meu corpo. ― Só pode estar doente. ― medi sua temperatura de brincadeira.

Eu sabia que ele estava bem, mas ele não em deixava quieta um minuto quando estávamos juntos.

― Só estou aproveitando nosso tempo juntos, eu não sei quando vamos poder ficar assim de novo.

― Que papo estranho é esse? ― puxei ele pra cima o deitando mais por cima de mim. ― Me conte isso direito.

― Você logo vai ter que voltar para o seu trabalho e eu sei que não vamos poder nos ver todos os dias. ― havia tristeza na voz. ― Quando você volta? ― girou o corpo colocando as mãos espalmadas em cima da minha barriga e apoiou seu queixo.

Eu sabia que teríamos essa conversa, não precisava ser agora. Mas agora que ele tocou no assunto não daria para fugir, se já não bastasse os outros problemas que nos envolvia, agora teria mais esse.

― Acho que daqui a um mês mais ou menos.

― Um mês. ― repetiu refletindo. ― E como vamos fazer? Porque São Paulo não é aqui na esquina.

― Eu pensei em pedir transferência pra cá.

― Sério? ― abriu um sorriso.

― Seriíssimo

― Eu já estava cogitando em ir todos os dias para lá se fosse preciso. ― subiu mais um pouco, beijou minha barriga e começou a fazer cócegas em mim.

Aquele era o Lucas que não me deixava quieta um minuto.

― Já sabe o que quer de presente?

― Ainda não sei. ― e eu não sabia mesmo.

― Droga eu pensei que você tivesse algo em mente, porque eu não sei o que dar a você.

― Ain amor, não precisa me dar nada. Asbe mesmo o que eu queria?

― Humm?

― Você de presente. Já imaginei isso. ― comecei a gesticular. ― Eu abrindo a porta e ver uma enorme caixa lá. Ai eu abro a caixa e você está lá dentro. ― fiz uma cara surpresa.

― Você já me tem Mell. ― murmurou. ― Esse presente é sem graça.

― Não tenho completamente você sabe.

― Mas vai ter em breve... Por que a presa?

― Porque eu quero te beijar, te abraçar, fazer tudo que eu tiver vontade de fazer com você sem ter medo que a Lívia descubra. Que alguém conte. ― desabafei.

― Calma não você vai ter isso na hora certa. ― piscou o olho pra mim. ― E como diz o ditado: Tudo que é escondido é mais gostoso. ― se aquilo tivesse saído da boca de qualquer moleque eu não teria me surpreendido, mas vindo da boca de Lucas, o cara certinho me tirou boas risadas.

― Você está me saindo melhor que encomenda sabe. ― disse ainda rindo.

― Eu sou melhor que tudo que você possa querer encomendar. ― começou a fazer cócegas em mim de me morder.

― Ai Lucas, vai me deixar com marcas, meus pais vão pensar que você me bateu se eu chegar lá em casa roxa.

― Pancadas de amor não doem. Fale isso pra eles.

Hoje ele estava cheio de ditados populares.

― Em falar nisso, seus pais sabem que estamos....? ― ele procurava por uma palavra adequada.

Enrolados. ― enfatizei. ― Sabem, eu conversei com eles e meu pai disse que dessa vez você tem que casar comigo.

― Esse é o meu sogrão. ― fez cócegas de novo. ― Mas como você não quer que eu te morda se contínua passando meu perfume favorito? ― disse depois de aspirar todo o perfume do meu pescoço.

Lembranças - CONCLUÍDO (SEM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora