"PARA SEMPRE PARA SEMPRE" [ REVISÃO ]

Capítulo 6.

Quando saí do carro os fotógrafos não paravam de tirar fotos e os repórteres de fazerem perguntas. Parei um minutos para responder as perguntas mas fui interrompida e tive que entrar a pedido do segurança da boate dizendo que eu não podia permanecer alí por questões de segurança.
Quando entrei perguntei do Lucas para os seus amigos e alguns deles não sabiam me dizer e alguns não tinham ouvido por conta do volume alto da música, então me sentei em uma das cadeiras que ficavam no balcão de bebidas para esperar por ele.

- Sophia Muniz? - Ouvi um tom bêbado e um cheiro alcoólico do meu lado.

- Nos conhecemos? - Me afastei um pouco sem ser grosseira.

- Você não, mas eu te conheço muito bem. 

- É amigo do Lucas?

- Não me defino amigo, mas eu o conheço. Posso te pagar uma bebida?

- Ah não, obrigada. Eu não bebo.

- Sai dessa, Sophia. Toma aí vai.

- Eu não quero, obrigada. - Me levantei - me dá licença.

- Toda. - Ele riu - Talvez devesse olhar nos quartos do andar de cima, talvez o encontre por lá.

- O que?

- Você sabe do que eu estou falando.

Sem lhe dar uma resposta, corri as escadas a cima comecei a procurar por ele e não achava, e pensei ser uma brincadeira de mal gosto do rapaz, depois de subir dois andares e olhar em quase todos os quartos, finalmente o encontrei, mas quando isso aconteceu, eu preferia não ter procurado. Ele realmente estava em um dos quartos, quartos que eram disponíveis aos clientes, com uma menina que estava completamente nua. Eu não estava acreditando no que estava vendo, eu queria gritar, dar uma surra nos dois, queria mostrar pra todo mundo o que estava acontecendo ali, mas eu não podia. Eu tinha uma imagem a zelar, e ele sabia disso, ele sabia que eu não faria nenhum escândalo, então ele apenas abaixou a cabeça. Tirei minha aliança, joguei em cima dele e saí correndo, não queria que ele tivesse chances de me alcançar.  Peguei meu celular, liguei para José e pedi para que ele me buscasse enquanto descia as escadas correndo, e assim que José chegou, saí da boate e fui em direção ao carro e mais fotos e perguntas foram direcionadas a mim, mas dessa vez apenas ignorei. E logo em seguida a Lucas que apareceu correndo ao meu encontro.

- Sophia, espera. - Gritou.

Eu não disse uma palavra. Entrei no carro e o José acelerou e fui, finalmente, embora para casa.
Pedi ao José que avisasse a todos que a entrada do Lucas estava extremamente proibida e se essa ordem fosse quebrada, a pessoa seria demitida na hora. José concordou e disse que passaria a ordem imediatamente. Ele então ligou para o condomínio e disse os números que faziam com que o Lucas pudesse entrar e disse para eles cancelarem, ligou na portaria de casa, avisou os seguranças e mandou avisar a todas as empregadas.

Quando finalmente cheguei em casa, corri escada acima, não quis falar com o José, nem com a Carla, que geralmente eram meu ombro amigo nessas horas. Entrei em meu quarto, tranquei a porta, e chorei. Chorei por não ter acordado antes, por ter apanhado e perdoado, por ter sido tão ingênua que não havia percebido antes.
Andei até o banheiro e tomei um longo banho, aproveitando cada segundo do meu tempo que antes era totalmente dedicado a outra pessoa. Quando saí coloquei meu babydoll e me deitei. Peguei meu netbook e liguei para o meu irmão, porque eu sabia que ele seria a única pessoa que me faria sorrir de qualquer maneira.

- Oi, Fe. - Disse assim que ele atendeu e sorri.

- O que aconteceu? - Perguntou com aquela cara de quem já sabia.

- Como assim?

- O que aconteceu, Sophia? 

- Porque está perguntando isso?

- Porque proibiu a entrada do Lucas no condomínio?

- Como você sabe? - Me espantei.

- Dá pra responder, Sophia? O que ele fez pra você? - Disse bravo.

- Eu terminei com ele.

- Ainda estou esperando o motivo.

- Ele já me bateu diversas vezes, mas eu achava que ele me amasse e assim isso poderia mudar, mas hoje quando cheguei na inauguração da boate e fui procurar por ele, já era tudo. Ele estava com uma menina totalmente sem roupa e nem tenho coragem de descrever a cena que eu vi, queria ter morrido, feito um escândalo mas ele sabia que isso não ia acontecer, ele sabia que eu não faria isso, então com essa traição vi que não tem amor e nem nada. - Vi o semblante do Felipe se fechar e ele respirar fundo, seus olhos avelã se escureceram e eu estremeci, sabia que a situação ia ficar ainda pior por eu ter escondido isso dele.