Capítulo 28.

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Quando Felipe chega novamente em meu quarto, vejo Jean o acompanhando.

- Como você está?

- Bem melhor agora, obrigada insuportável.

- Alá Felipe, ela está boinha, já tá metendo o louco.

- Jean tem uma festa para ir e está nos convidando. Vai ser na quarta feira.

- Festa de que, Jean? - perguntei curiosa.

- Minha despedida.

Felipe ficou em silêncio e eu jurava que podia sentir o coração de Felipe disparado e apertado. Vi Felipe engolir seco e finalmente dizer alguma coisa.

- Nós vamos?

- Com certeza.

De repente Jean começa rir.

- Tá rindo de que otário? - Diz Felipe irritado.

- Da sua cara de tristeza.

- Pode deixar que vou encomendar fogos de artifício para quando você for embora.

- Assim você me magoa. - Imitou uma voz de gay. - Não é despedidas carai, é de "boas vindas". To vindo para São Paulo, recebi uma ligação e o Mano lá está entregando para mim, então vou ficar por aqui um bom tempo, então não precisa ficar com essa cara de mocinha emocionada.

- Vai se fuder, imbecil. - Felipe ri. - Vai estar bem para ir a festa, Sophia?

- Lógico que vai, olha a cara dela de desesperada.

- Cala boca seu inútil. - Ri

- Inútil é seu cú, cara de tatu. - Jean e Felipe começam a gargalhar

- Nossa, essa é das antigas. - Disse tentando conter o riso.

Depois que Jean foi embora já estava a noite e estava começando a chover. Liguei a Tv e coloquei um filme qualquer para esperar Felipe e quando ele voltou pedi que ele dormisse comigo pois não queria ficar sozinha esta noite.

- Me desculpa por hoje, prometo que vou tentar me controlar o máximo que eu puder.

- Xiiiu, esquece isso. - Diz Felipe colocando o dedo indicador em meus lábios. - Você está linda.

- Você é maravilhoso, Fe.

- Você é minha pessoa preferida, não se esqueça disso, Sophia. - Diz aprontando para o vasinho de flor em cima da penteadeira.

- Eu quero você, Felipe. - Digo fechando os olhos.

Felipe me beijou e um fogo subiu pelo meu corpo me enchendo de desejo. Sua língua dançava com a minha em um ritmo rápido e caloroso, suas mãos percorriam meu corpo e cada toque transmitia amor e desejo. Felipe subiu em cima de mim juntando nossos corpos e continuou me beijando, mas de repente ele para, me dá um beijo na testa e se deita ao meu lado.

- O que houve ? - Pergunto sem entender.

- Hoje não. - Diz todo perdido.

- Porque não?

- Porque tenho que ter certeza se eu quero, porquê além de tudo você é minha irmã. - Sua voz estava trêmula.

- Como assim se você quer? Me quer? - Guaguejei

- É, isso é errado e você também está sofrendo com isso, por isso tenho que ter certeza. - Disse baixinho

- Isso que aconteceu não tem nada haver com você... Você é o que tem me fortalecido, eu disse à você. - Digo segurando o choro.

Eu sei, e você também tem me feito muito feliz, mas não quero complicar sua vida e nem te fazer sofrer, porquê você é minha irmã e eu tenho que fazer você feliz, como sempre fiz.

- Tudo bem, Felipe. - Decido respeitar seu espaço, mas prestes a desabar.

Felipe virou para o lado na cama, ficando de costas para mim. Eu me levantei, andei até a sacada do meu quarto e fiquei observando o mar. A brisa estava muito salgada e muito gelada. Observei a chuva mergulhar no oceano e os raios que deixavam o céu maravilhosamente lindo, mas ao mesmo tempo terrível e assustador. Escutei um trovão e os raios faiscaram no céu, o que me fez dar um grito e sair correndo.

- Você está bem? - Pergunta preocupado e assustado.

"PARA SEMPRE PARA SEMPRE"  [ REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora