Capítulo 23.

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- Vou me encontrar com o Jean hoje, quer vir?

- Qual Jean?

- Meu amigo do Alemão. Ele está passando uma semana aqui em São Paulo, como pode não lembrar dele? Ele pegava o sapo que te dei de aniversário e deitava em cima dele pra jogar vídeo game aqui na sala ou no meu quarto, e você chegava da escola, e quando via que não estava no seu quarto, você ja entrava no meu quarto dizendo, "Cadê o Jean? Eu te odeio seu filho da mãe, devolve meu sapo" , e ele te irritava até ver você furiosa e depois ria muito.

- Lembro sim. Impossível não lembrar daquele menino chato.

- Aquele menino chato é meu melhor amigo .

- Podia ter arrumado um amigo melhor, ne? Mesmo ele judiando de mim você ainda ficou amigo dele.

- Podia, mas talvez ele não seria tão foda, e eu sempre fiquei do seu lado quando ele te irritava.

- Eu sei, mas mesmo assim. - Dei de ombros.

Terminamos de tomar nosso café, trocamos de roupa e fomos nos encontrar com Jean em seu hotel. Quando chegamos fiquei impressionada, porque pelo que Felipe havia me contado de Jean, ele havia se tornado um dos maiores traficantes do Rio, e estava hospedado em um hotel incrível, e fiquei pensando em como tinham deixado ele entrar ali.
Quando chegamos, Felipe ligou para Jean que veio nos encontrar no estacionamento.

- Fala playboy. - disse o Jean todo animado.

- E aí, beleza?

- Qual é a boa? E essa belezinha aí ao teu lado? Porque não me disse que estava namorando?

- É a Sophia, Jean, minha irmã. Não lembra dela? Aquela que você odiava e fazia tudo para irritar. - Riu - A, antes que eu me esqueça, vamos a uma balada hoje, se estiver a fim.

- Puta que pariu. Você cresceu em pirralha. - Esfregou a mão em meu cabelo por cima bagunçando tudo.

- Agora eu sei porque eu te odiava. - Disse organizando a bagunça do meu cabelo

- Continua fresca. - Revirou os olhos.

- E você continua irritante. - revirei os olhos.

- Dá um tempo, Sophia. - Jean revirou os olhos de volta como resposta. - Por que você não pode ser legal igual ao Felipe?

- Porque eu sou a irmã dele e não ele.

- Ela é muito chata. - Sussurou para o Felipe.

- Mas você irrita ela cara, o que eu posso fazer pra te defender?

- É por isso que eu te amo. - Disse sorrindo muito empolgada.

- Qual é? Vai defender a irmãzinha?

- Vou sim. - Deu de ombros.

- Já é. - Rimos.

Ficamos na casa do Jean até umas 16:30. Os dois ficaram jogando vídeo game, e até eu experimentei jogar um pouco. Ficamos conversando e lembrando do passado até a hora que eu pedi para ir embora porque tinha que me arrumar. Jean disse a Felipe que também iria para a festa, nos levou até o estacionamento e fomos embora.

- Hei cara, não esquece de me buscar hein, e não esquece que vai ter que me trazer de volta.

- Beleza. - Felipe disse rindo entrando no carro .

Quando cheguei em casa, corri para o quarto para começar a me arrumar. Tomei um banho, lavei meu cabelo, fiz uma hidratação e depois sequei e fiz cachos nas pontas. Ficou incrível. Fiz uma maquiagem com esfumado marrom e preto e glitter, que modéstia parte, ficou um arraso. Quando terminei de colocar a roupa e o sapato, Felipe bateu na porta do quarto me chamando para ir.

- Sophia, já está pronta? Temos que buscar o Jean ainda. - Gritou da porta do quarto.

- Estou sim. - Saí do closet.

- Nossa... - Felipe abriu a boca e a tampou com as mãos imediatamente e depois sorriu - Você está linda demais. - Foi se aproximando de mim.

- Lindo está você. Maravilhoso me arrisco a dizer, e que perfume cheiroso, amei. - sorri

Felipe estava mesmo lindo: com uma calça preta, uma camiseta preta e um tênis vermelho, que caíam perfeitamente em seu corpo marcando todas as suas curvas e deixando ele mais lindo e gostoso, fora o seu perfume amadeirado que me deixava maluca.

- Mas você, Sophia, você não está entendendo o que eu estou falando - Disse se aproximando mais de mim - É até um pecado você ser minha irmã.

- Pecado é isso que estamos sentindo, você sabe disso. - Disse baixinho.

Felipe me encostou na parede e sua boca foi chegando perto da minha e bem lentamente uma de suas mãos segurou minha nuca e a outra mão meu maxilar.

- Eu não consigo parar, Sophia. - Sussurrou

- E eu não consigo te impedir, Fe. - Sussurrei quase não conseguindo mais falar.

- Me perdoa? - outro sussurro saiu de sua boca

- Sempre.

"PARA SEMPRE PARA SEMPRE"  [ REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora