Capítulo 18.

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- Se não sair agora, vou chamar os seguranças. - Tentei falar o mais firme possível, mas não consigo esconder minha voz trêmula de medo.

- Se você conseguir chamar, fique à vontade. - Um riso ameaçador saiu de sua boca e me fez estremecer.

- Fala logo Lucas, o que quer? - Disse tremendo

- Como anda apressada, senhorita Sophia, você não era assim. - Sorriu maliciosamente. - À propósito, está muito gostosa nessa roupa.

- Acabou Lucas, acabou. Eu não sinto mais nada por você, eu já estava com nojo dessa sua cara, mas agora eu sinto pena de você.

Lucas se aproximou e tentou me beijar e quando eu me afastei ele me deu um soco no rosto que bati a cabeça na parede e cai no chão. Senti meu rosto arder e vi que meu nariz pingava sangue.

- Seu babaca, eu te odeio.

Ele sem dizer uma palavra, se aproximou e me deu mais dois ou três chutes na barriga. Gritei de dor e pedi para que ele parasse, mas ele simplesmente me ignorava.

- Você é muito gostosa, sabia ? - subiu em cima de mim e tentou me beijar mas parou quando eu mordi sua boca com toda a minha força.

- Eu te odeio. - disse chorando.

- Você é uma vadia. - disse e me deu mais um soco no rosto. - Mas as vadias são as melhores, e sabe o que eu faço com as melhores? - Ele puxou meu short para baixo. - Eu acabo com elas.

- Não Lucas, pelo amor de Deus, não faz isso, por favor. - Gritei desesperada para que ele parasse, e ao mesmo tempo só conseguia chorar.

Lucas segurou meu cabelo, bateu minha cabeça no chão e gritou para que eu calasse a boca. - Cala boca caralho, ninguém vai te ouvir.

- Por favor, não faz isso, por favor, eu te imploro - Grito desesperada

- Cala boca, porra. - Me da mais um tapa no rosto. - Não tem ninguém para te ajudar. Nem seus pais, nem seus empregados idiotas e nem aquele babaca do seu irmão que você tanto ama. Quando eu digo que você é minha e que sou eu quem manda, você me escuta, porra. Só acabou quando eu disser, mas eu ainda não quero.

- Pelo amor de Deus, Lucas. Por favor, me deixa em paz.

- Não adianta rezar, Sophia. Nem o seu Deus vai te ajudar agora.

Na mesma hora escuto o barulho da porta abrir e vejo Felipe entrar.

- Sophia, o que ta acontecendo aqui?

Não consegui ao menos responder. Quando Felipe se deparou com aquela cena, arrancou o Lucas de cima de mim e começou a dar socos em seu rosto e nessa hora descobri em Felipe, uma força que eu jamais veria.  Depois de muitos socos trocados, Lucas caí no chão com a mão no nariz. Felipe chuta seu rosto, barriga, e qualquer outro lugar e vi quando ele de repente parou.

- Fica longe da minha irmã, eu disse e deixei muito claro. Você só pode ser muito babaca para aparecer aqui na minha casa.

Lucas somente sorriu e Felipe acertou outro chute em sua cara e mais sangue desceu pelo seu nariz.
Vi todo aquele sangue e minha vista começou a embaçar e só consegui ver Lucas caído no chão e Felipe vindo até mim, mas desmaiei antes que ele chegasse.

Quando acordo vejo que estou em meu quarto e que Felipe está deitado ao meu lado, olhando para mim e acariciando meu cabelo. Vi seus olhos brilharem e que um sorriso calmo e amoroso surgiu em seus lábios.

- Bom dia minha princesinha. - Disse em um sussurro

- Bom dia, príncipe. Sussurrei.

- Como está se sentindo?

Nesse mesmo instante lembrei da noite anterior e toda aquela fraqueza volta com força. Minha cabeça começa a latejar e minha barriga a doer.

- Desculpe, mas estou com muita dor.

- Você vai ficar bem, eu prometo. - Sorriu, mas a tristeza em seus olhos era muito aparente.

- Como você tirou ele daqui?

- Chamei a polícia. Quando você desmaiou te coloquei na cama e liguei pra polícia, e depois arrastei o Lucas até no banheiro e tranquei a porta. Quando eles chegaram mostrei que você tinha desmaiado, mas você acordou quando eles estavam aqui e você começou a pedir socorro, falei com você e te acalmei e você começou a agradecer e dizer que ele queria te estuprar, mas você não estava lúcida, não sei bem o que aconteceu ali, mas eu consegui te fazer dormir. Contei o que eu vi a eles e disse que tive que agir em legítima defesa e que depois tranquei ele no banheiro pra caso ele quisesse me atacar de novo. Os policiais fizeram boletim de ocorrência e levaram o Lucas.

- Eu nunca ia imaginar que isso fosse acontecer.

- Muito menos eu. Eu deveria ter ficado aqui, pelo menos nada disso teria acontecido, ele não teria encostado em você.

- A culpa não foi sua.

- Eu sei.

- Obrigada, de verdade, eu estava com muito medo.

- Sophia, era assim que ele te batia?

- Não, só dá última vez, a vez que ele tentou transar comigo a força também, aí ele me deu um soco e tudo mais, mas não acho que você precise ouvir isso.

- Graças a Deus que eu decidi vir te pedir desculpas. Eu não ia ouvir, eu estava na piscina, e podia ser tarde quando eu chegasse.

- Mas não foi, Fe. - Me abraçou. - Relaxa.

- Quer alguma coisa?

"PARA SEMPRE PARA SEMPRE"  [ REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora