- Porque não me disse isso antes ?
- Porque eu já passei por isso antes, e eu não queria que a mulher que eu mais amo na vida, passasse pela mesma coisa que eu passei.
- Você não tinha direito de me esconder isso, Jean.
- Eu não queria que você sofresse, porra, é desesperador.
- Eu tô vendo. - disse chorando. - Então foi por isso que você expulsou o Júnior daqui?
- Foi sim, não por mim, por você.
Bruna não esperou mais um segundo, correu o abraçou. Os dois se abraçaram muito apertado e Bruna chorava, mas dessa vez era de emoção. Vi cair dos olhos do Jean, algumas lágrimas, mas que ele rapidamente as afastou.
- Patrão, estão invadindo o morro. - Alguém abriu porta e gritou.
- Puta que o pariu. É a polícia?
- Parece que sim.
Nesse mesmo instante, vários barulhos de tiro começaram, e barulho de pessoas correndo e gritando.
- Para o cofre agora, e leva os dois. - Disse para Bruna. - Vocês não vão sair de lá, até eu entrar e chamar vocês ouviram? - Gritou
- Jean, não vai, por favor. - Bruna começou a chorar.
- Eu preciso ir, essa guerra não é só deles, eles precisam de mim. Jajá eu tô aqui, eu prometo. - Deu um beijo na bochecha de Bruna. - Pode tomar conta deles para mim ?
Bruna concordou e pegou minha mão e saiu correndo. Vi Jean sair pela porta a fora, e aquilo me desesperou. Bruna abriu um cofre que ficava atrás de uma parede secreta. Então eu e Felipe entramos e ela trancou.
- Achei que você já tivesse se acostumado. - Perguntei curiosa.
- Eu sempre fingi para o Jean que não ligava. Mas sempre chorava trancada aqui, até ele voltar. Eu sempre amei o Jean, parece que não, mas ele é meu irmão, e eu reconheço tudo o que ele fez por mim. Mas e você? Nem estou te vendo nervosa. Tá sabendo que está rolando uma guerra lá fora?
- Estou, mas eu já te vi nervosa. Achei que alguém ia precisar ficar calmo aqui.
Olhei para Felipe que estava com as mãos na cabeça. Seus olhos demonstravam desespero. Fui até ele e o abracei.
- Queria estar lá para ajudar ele, mas ao invés disso, estou aqui, sentado sem poder me mexer.
- Você lá só iria atrapalhar. Você não sabe segurar uma arma, Felipe.
- Eu sei.
Quando todos nós estávamos mais calmos, reparei que o cofre, não era na verdade um cofre, mas sim um cômodo hiper grande com duas camas, uma pia, uma geladeira bem abastecida, um mini banheiro. Fiquei perplexa.
Depois de um tempo esperando o cofre estala e se abre e o Jean entra. Bruna não espera um só segundo e pula em seu colo.
- Você está bem?
- Estou sim, pirralha. - Sorri e deposita um beijo em seu cabelo. - Vocês dois estão bem? - Disse olhando para mim e para Felipe.
- Estamos sim.
- Desculpa por isso, Gente. Eu não queria que nenhum de vocês três passassem por isso, mas isso é o melhor que eu posso oferecer. - Disse olhando para a Bruna.
- Eu te amo, Jean. Está tudo muito bom para mim. Agora está!
Quando saímos do cofre, a casa estava toda bagunçada. A sala estava com a maioria dos objetos quebrados no chão e havia marcas de sangue espalhadas por todo ele.
- O que é isso? - Perguntei assustada
- Infelizmente, em uma guerra, seja polícia ou bandido, temos que pensar em nós... Seria eu ou ele.
- Você matou ele? - Sussurrei.
- Se eu não matasse, eu não estaria aqui agora.
- Eu entendo. Me dão licença gente. Subi correndo as escadas, e entrei no meu quarto.
Não demorou muito, Felipe entrou, sentou, e me puxou para deitar em seu colo e assim eu fiz.
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"PARA SEMPRE PARA SEMPRE" [ REVISÃO ]
RomanceTodas as regras são infligidas e todos os tabus quebrados por um único motivo: Sophia e Felipe se apaixonam. Perfeito seria se simplesmente fosse uma paixão de adolescentes, e na verdade é, se não contarmos o fato de serem irmãos.