O celular do Felipe toca e era Jean. Ele ligou dizendo que a festa havia sido cancelada, pois ele voltaria para o Rio de Janeiro no dia seguinte.
- Vai ficar tudo bem, ele vai voltar. - disse tentando fazer ele se sentir melhor.
- Acho que vai demorar para isso acontecer. - Disse sem expressão.
- Eu duvido. Ele vai achar um jeito.
Dormi no quarto de Felipe, mas não consegui dormir a noite toda. Tive pesadelos e lutei para achar uma posição boa para conseguir dormir, e só consegui pegar realmente no sono às 6 horas da manhã. Quando acordei, por volta de umas 14:00 horas da tarde, Felipe não estava ao meu lado. Fui até meu quarto e tomei um banho e assim que saí, coloquei um short Jeans, uma blusa branca e um salto nude e quando estava terminando de arrumar meu cabelo, Felipe entra no quarto eufórico.
- A mãe e o pai acabaram de chegar. Acabaram de ligar da portaria do condomínio avisando. - Disse rápido e desesperado
- Calma, Fe. O que de ruim pode acontecer?
- Tudo pode dar errado, Sophia, você sabe como eles são...
- Dessa vez vai dar tudo certo, tenho certeza. - lhe dei um beijo no rosto e sorri. - Vamos.
Descemos as escadas um ao lado do outro, e quando chegamos na sala, meu pai e minha mãe abriram a porta da frente. Mamãe estava linda como sempre. Muito bem vestida e arrumada. Meu pai estava com um terno muito bem alinhado e estava muito elegante.
- Mãe, Pai. - gritei e sai correndo ao seu encontro.
- Oi Gente. - Felipe disse amoroso, mas desconfiado e fechado.
- Oi meus filhos. - Mamãe disse toda feliz, abraçando a mim e o Felipe ao mesmo tempo. - Senti tanta saudade.
- Também sentimos. - eu e Felipe dissemos juntos.
- Oi Felipe, oi Sophia. - Meu pai disse com seu jeito seco.
- Oie pai, não acredito que você veio - O abracei toda feliz.
- Infelizmente vim dar uma notícia nada agradável. Eu estava vindo passar alguns meses com vocês, mas no meio da viajem recebi uma ligação importante e eu terei que viajar para o Japão ainda hoje e sua mãe irá me acompanhar.
- Mas pai, vocês acabaram de chegar. - Disse triste. - Mãe, não vai, por favor. - implorei.
- Sinto muito querida, o que seu pai e eu estamos fazendo é importante.
- Está falando sério? Não! - Felipe fala rindo - Isso é uma piada, Sophia, relaxa.
- Infelizmente, seu pai não está brincando. Dependemos dessa reunião.
- E vocês dois terão que fazer um sacrifício. - Meu pai disse sério. - Os dois terão que ficar no Alemão, até eu ter certeza de que estarão seguros. Eu já falei com o Dono, e me parece que ele estava viajando, mas volta para lá ainda hoje.
- Que Alemão. O morro do Alemão? - Felipe disse irritado.
- Exatamente.
- Nós não vamos para o Alemão - disse desesperada.
- Mas é claro que vão, é pra sua própria segurança e não estou lhes dando chances de escolher. - meu pai disse nervoso.
- Porque está gritando com ela? Ela só está com medo. - Felipe disse num tom alto.
- Desde quando viraram amiguinhos?
- Nós sempre fomos, só é difícil para você saber porque nos abandonou aqui. - Disse irritada.
- Olha o jeito que fala comigo sua pirralha. - Gritou segurando meu braço com força.
- Carlos, não! - Gritou a mamãe pela primeira vez.
- Não encoste a mão nela, você não tem esse direito - Felipe gritou vindo em minha direção.
- Fe, não! - Sussurrei.
- Ele não vem embora depois de tanto tempo fora sem dar notícias e vai te tratar desse jeito, não vai, eu não vou aceitar isso.
Subi correndo as escadas chorando, escutei os dois discutindo e minha mãe tentando apaziguar as coisas até que escutei um barulho e desci correndo e Felipe estava com a cabeça baixa com a boca sangrando, sua respiração estava forte e o punho fechado.
- Fe? - Gritei vendo Felipe se sentar no chão depois do meu pai lhe dar um soco.
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"PARA SEMPRE PARA SEMPRE" [ REVISÃO ]
Lãng mạnTodas as regras são infligidas e todos os tabus quebrados por um único motivo: Sophia e Felipe se apaixonam. Perfeito seria se simplesmente fosse uma paixão de adolescentes, e na verdade é, se não contarmos o fato de serem irmãos.