"PARA SEMPRE PARA SEMPRE" [ REVISÃO ]

Capítulo 21.

Eu e Felipe andamos por todo o shopping até encontrar um vestido perfeito. Eu já havia experimentado tantos vestidos que perdi a conta e estava ficando cansada e com fome.

- Essa é a última loja, eu prometo. Já estou cansada.

- Eu estou bem. Pode demorar o quanto quiser.

- Você é incrível. Mas meu corpo está cansado e quero estar boa.

- Eu sei que sou incrível. - falou se gabando e rindo. - Quando quiser ir embora, nós vamos.

Quando estava quase desistindo de procurar, encontrei o vestido. Ele era lindo, todo preto de veludo e ia se ajustando perfeitamente ao meu corpo e ficava rodadinho quando chegava embaixo. Nos seios havia uma espécie de babado que formava, um decote perfeito.

- O que acha, Fe? - Perguntei quando saí do provador. - Ficou bom?

Vi a boca de Felipe se abrir por um segundo e rapidamente voltar ao normal.

- Acho que está incrível. - Sorriu

- Agora só falta um salto e pronto.

Vendedora: Acho que vai amar este.

A vendedora me trouxe um salto nude, com cristais e glitter, o deixando em um estado glamoroso.

- É perfeito. - disse chocada olhando para ele. - Vou levar.

Saí da loja com um sorriso que não cabia em minha boca. Estava tão feliz e tão realizada que nada mais me importava.
Felipe me chamou para ir para casa, e quando estávamos no estacionamento, recebeu um ligação.

Ligação on:

- Alô? - [***]  - Oiê, tudo bem? - [***] - Pois é, eu estou de volta. - [***] - Claro, às 9 horas, está bom pra você? - [***] - Okay, então tchau.

Ligação off

- Quem era? - perguntei curiosa.

- Uma amiga. Quer me encontrar para conversar. Não sei como mas ela soube que eu voltei.

- Até parece que você esqueceu o sobrenome que carrega.

- Eu gostaria de esquecer.

- E aquele papo de família e que você era mais que isso e tudo mais?

- É só uma amiga, baixinha, relaxa.

- Ta bom.

- Sophia, é só uma amiga e eu só aceitei porque não queria ser antipático.

- Já entendi, tá bom. Não me importo - Entrei no carro e bati a porta.

- Sophia, por favor.

- Vamos embora, por favor.

Quando estávamos saindo do estacionamento para ir embora, o tempo ainda estava fechado e chuvoso, então a viajem de volta para casa demorou mais do que o esperado. O clima entre eu e o Felipe estava horrível, não olhei pra cara dele até em casa e quando chegamos subi correndo as escadas em direção ao meu quarto, deitei em minha cama e fui arrumar meu celular novo. Estava com raiva do Felipe sair com a tal amiga e não queria discutir com ele. Quando acabei, o relógio marcava 20:45 horário de Brasília. Faltavam apenas  15 minutos e talvez eu ainda conseguisse convencê-lo de não ir. Guardei o celular, o vestido e o sapato e fui até o quarto do Felipe.
Quando entrei ele estava tomando banho, então deitei em sua cama e esperei até ele sair.

- Que susto, Sophia! - Disse ao sair do banheiro - Nem avisa que está aí, eu poderia estar sem toalha.

Quando olho para Felipe, ele está em um estado glorioso, gostoso. Está sem camiseta e só com uma toalha preta amarrada na cintura e a beira de sua cueca box cinza estava à mostra. Algumas gotas de água ainda estavam sobre seu peito definido. Me torturei muito por não poder beijá-lo naquele momento.

- Ué, só você que pode entrar no meu quarto quando você quer?

- Ai, ai, meu pai. - Bufou. - Não começa, Sophia. Hoje, não.

- Hoje não porque? Só porquê vai sair com a sua "amiga". - Disse dando ênfase.

- Agora já entendi o porquê disso tudo. Você está com ciúmes. - riu

- Ciúmes? Quem está com ciúmes? Você está pirando. Não estou nem aí, pode sair com a cidade inteira se quiser.

- Admiti, Sophia - Riu - Você está morrendo de ciúmes.

- Não estou, Felipe. Para de graça.

- Eu te amo. Não fica brava comigo não, por favor. - Felipe se deitou na cama e apoiou sua cabeça em meu colo.

Minhas bochechas ficaram vermelhas no mesmo instante e meu coração disparou. Eu só podia estar pirando, porque não era normal eu estar me sentindo atraída pelo meu irmão e sentir a sensação de que ele também está. Isso não é possível.

- O que está fazendo, Felipe? - Vi que ele estava se aproximando.

- Você vai ver.

- Você é meu irmão, você sabe disso.

- Quem disse que por isso eu não posso? - Chegou mais perto do meu rosto. - Pra poder basta a gente querer.

- Fe. - O repreendi