Capítulo 53.

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- Se a sua mãe não vier comigo imediatamente, não haverá mais pai e mãe. Minha mulher foi feita para andar ao meu lado, e se ela não vai, não precisa ser chamada de minha mulher.

- Eu não me importo. - minha mãe disse com os olhos cheios de lágrimas.

- Última chance Felipe, ou você conta ou eu vou contar.

- Tem certeza? Você estava em dúvida ontem.

- Eu nunca tive tanta certeza.

- Eu e a Sophia estamos... - Parou, me olhou e respirou.

- Fe... - O repreendi.

- E se você se arrepender?

- Eu não vou.

- Eu e a Sophia estamos juntos e... vamos nos casar.

Vi a boca da minha mãe se abrir, e uma lágrima escorrer de seus olhos. Vi Carla colocar a mão na boca e arregalar os olhos. Meu pai arregalou os olhos por um momento, mas no mesmo instante seus olhos encheram de fúria. Ele não conseguiria esconder mesmo que quisesse.

- Não, de jeito nenhum isso vai acontecer. - Meu pai disse com raiva.

- Isso não é escolha sua. - Felipe disse decidido.

- Felipe, vou te dizer uma coisa em alto e bom tom para que fique claro, e o mesmo vale para você Sophia. Se vocês se casarem, deixaram de carregar o meu sobrenome.

- Promete? Vamos embora Felipe.

- Sophia, eu não estou acreditando. - Meu pai disse com raiva.

- Pois acredite. Você está escolhendo isso, não eu. E eu vou escolher o Felipe mil vezes antes de escolher você, porque você não me escolheu. Você nem a mamãe estiveram aqui quando eu mais precisava de vocês.

- Espera Sophia. - Felipe disse baixinho.

- Não me diga que vai desistir, Felipe.

- Nunca.

Felipe caminhou até mim e me deu um beijo e me soltou, e depois foi até o nosso pai.

- Com o maior prazer eu deixo de carregar o seu sobrenome. Você nunca foi nosso pai mesmo.
Todo o resquício de carinho e esperança que eu tinha por você, se foi no dia em que você me deu aquele soco.

- Eu dei tudo para vocês, do bom e do melhor, vocês não tem que reclamar de nada.

- Que eu farei questão de devolver. 10 milhões serão depositados na sua conta no mês que vem, e todas as dividas que temos com você serão pagas.

- Aé? E de onde vai tirar todo esse dinheiro? - meu pai disse rindo.

- Isso não é problema seu.

Já cansada de toda essa confusão, subi a escadas em direção ao meu quarto, não queria falar com ninguém nesse momento.

- Sophia? Aonde você vai ?

- Depois a gente se fala, Fe.

Quando cheguei ao meu quarto, lembrei que a Bruna estava aqui. Então corri para o quarto dela.

- Bru? - Bati na porta

- Pode entrar, Sophia.

- Me desculpa por tudo isso. Logo agora que você chegou.

- Ih, tá tranquilo. Não se preocupe, eu tô bem. Só não desci porque é assunto de família e preferi ficar aqui.

- Mas e aí, o que tinha pra me contar?

- Tem certeza de que quer ouvir agora?

- Absoluta. Preciso que você me distraia.

- Tudo bem... Eu e o Jean ficamos algumas vezes, a maioria enquanto você estava no hospital. A gente transou e cara, foi incrível. Eu já transei com uns cinco caras, mas nenhum me fez sentir tanto prazer quanto o Jean.

- E como que isso aconteceu? Tipo a primeira vez.

- Na verdade eu não entendi muito bem. Foi meio que de repente. Eu estava deitada no quarto do Jean vendo filme porque ele havia saído e então eu fui pro quarto dele por causa da tv, porque ele quebrou a minha em uma das discussões que a gente teve pra me castigar como uma criança...

"PARA SEMPRE PARA SEMPRE"  [ REVISÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora