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Niall

Acordei um tempo depois, tinha me deitado numa posição um pouco desconfortável por isso doía-me o pescoço. Me levantei da cama e segui até á casa de banho, durante o caminho pensava na conversa que tive com o doutor. Não é que eu seja burro e não entenda que as chances de a gravidez e o parto em si correr bem são muito baixas, até baixas de mais, mas eu não consigo matar ele. Eu me apeguei a ele, com muita força... Entrando na casa de banho, enchi a banheira de água e me deitei, precisava de relaxar. Não de pensar, eu já tinha decidido que não vou matar a criança, nunca!

Fiquei algum tempo na banheira, a água já estava a ficar fria. Sai da banheira, me sequei e me vesti. Fui para o meu quarto liguei a televisão, não tinha nada para fazer. Liguei uma serie qualquer e comecei a ver. A série até era interessante mas na minha cabeça as palavras do doutor a dizer que eu teria problemas... Porque estás merdas só acontecem comigo? Senti o meu peito doer novamente, a dificuldade em respirar voltou. Pus o telemóvel ao meu lado para caso acontecesse algo, eu conseguisse ligar. O desconforto passou e me acalmei, já eram horas das aulas acabar por isso Zayn viria em algumas horas. Era só esperar um pouco e pronto.

Mas não foi bem assim. Zayn apareceu em casa só as 19h, eu estava realmente zangado com ele mas oque eu poderia dizer... Ele não é ninguém para mim, certamente o correto a fazer era esquecer ele e continuar a minha vida. Mas não era fácil... Zayn era tão diferente dos outros, ele era carinhoso, bom pelo menos foi... Vi um uma marca roxa no seu pescoço, não sou criança e sei oque isso significa... Queria muito chorar mas não faria isso... Não na frente de um homem que não me respeita. Ele foi em direção ao quarto e eu continuei sentado no sofá, não sabia oque fazer, eu devia lhe contar que o bebe e eu estávamos com problemas. Mas ele não se iria importar. Me levantei e fui em direção da cozinha, queria comer alguma coisa. infelizmente a cozinha não tinha comida alguma, por isso decidi que se calhar devia ir dar uma volta para comprar algo. Fui até ao meu quarto buscar os meus sapatos. Quando já estava a sair do quarto ouvi a porta da casa de banho se abrir e o Zayn saiu de lá com o banho tomado. Ele estava completamente nu , sem contar a toalha que ele tinha á cintura. Senti a minha entrada se contrair levemente e me bati mentalmente por sentir isso em relação a Zayn. Sai do quarto com pressa e desci até ao primeiro andar. Me calcei com pressa e quando já estava a sair pela porta sinto a mão de Zayn me segurar. Me viro para ele e ele pregunta:

Zayn: Onde vais?

Eu: Vou dar uma volta e comprar comida.

Zayn: Vou contigo dá-me só uns segundos para me calçar, ok?

Eu não respondi porque aquilo não suou como um pedido estava mais para uma ordem. Também estava um pouco confuso em relação ao facto de ele querer sair de casa comigo. Mas realmente tentei não demonstrar isso na sua frente. Olhei para o chão enquanto ele calçava os seus ténis, não queria olhar para a cara dele. Quando ele se levantou eu sai de casa e ele foi logo atrás de mim, pelo caminho até á loja não falámos muito, só coisas do tipo "oque fizeram na escola hoje?". Quando já faltava menos de 100m até á loja senti novamente a falta de ar que tinha sentido da outra vez, uma dor fraca nos polmões e me sentei num banco que estava no parque. O Zayn parou alguns segundos depois e veio a correr até mim, a cara dele demonstrava que ele estava preocupado mas eu não conseguia acreditar nele. A dor nos pulmões ia ficando cada vez menor mas eu me sentia triste, num momento já não conseguia mais aguentar e desabei na sua frente. As lágrimas saiam dos meus olhos e eu não conseguia as parar, no momento em que elas caiam, sentia toda a dor e angustia sair de dentro de mim. Zayn soltou o seu cheiro e em segundos eu já não chorava mais, senti me um pouco zangado comigo mesmo por ele ter esse efeito em mim. Quando já estava completamente bem o Zayn me deu a mão e me levou até á loja. Na loja me comprou vários doces, e pelo caminho até casa ele tentou até me levar ao colo mas eu não deixei. 

Quando chegámos a casa ele me deitou na cama e foi fazer comida, enquanto isso eu repensava na ideia de contar sobre os problemas com o bebe. Mas esses pensamentos pararam no momento em que percebi que ceder a isso significava matar uma criança que não tinha culpa alguma do que acontecia aqui. Decidi que o melhor seria não contar a ninguém sobre os problemas que a criança poderia me fazer. Senti os meus olhos novamente a encherem-se de lágrimas e tentei adormecer o mais rápido possível para não ter de contar o porquê de estar a chorar.


* oioi, quanto tempo hein, quase um ano kkkkk. eu mudei algumas coisas na fic, espero que não se importem porque eu realmente acho que ela esta melhor assim. kkk bem, bejos e até á próxima.


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