Capítulo 28

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Débora narrando

Chegou a hora de irmos embora. Arthur estava em silêncio, ele não queria vim embora tão cedo, mas eu insisti. Eu estava com saudade da minha filha, nunca fiquei tanto tempo longe dela, não estava aguentando mais. Eu sei que ele estava com medo de voltar para realidade, assim como eu estava. Por mais, que eu estivesse decidida a abrir o jogo e contar para todo mundo a verdade. Nem sempre as coisas são como queremos que elas sejam. Mas, a gente não podia ficar lá para sempre.

— Amanhã posso...
Arthur começou a falar, mas eu preferi interrompe-lo.

— Não vamos nos ver, até resolver tudo. O que nós fizemos foi maravilhoso, mas foi errado. Muito errado. Eu não sei nem com que cara vou olhar para Luara. — expliquei e soltei um suspiro frustrado.

— Você se arrependeu? — perguntou engolindo o seco.

— Não! Não adianta dizer que me arrependi depois de fazer. Eu sou responsável pelos meus atos, eu fiquei com você porque eu quis. Mas, isso não me impede de me sentir mal.

— Tudo bem! Você está certa.

Ele continuou dirigindo. Eu acabei cochilando no caminho, quando acordei estava na porta da minha casa. Acho que não cochilei, eu capotei.

— Nossa! Eu apaguei. — disse e passei a mão no cabelo.

— Percebi, ia perguntar se você queria tomar café em algum lugar. Mas, você estava tão bonitinha dormindo, fiquei com pena de te acordar. — sorriu.

Fiquei olhando seus olhos, e ele se aproximou, acho que ele ia me beijar. Mas, o meu telefone começou a tocar. Fiquei preocupada quando vi no visor escrito: “mãe”

— Aconteceu alguma coisa? — perguntei assim que atendi. Ela nunca me ligava.

— Eu tentei falar com você antes, mas seu celular estava dando desligado. — minha mãe disse fungando o nariz.

— Mãe! A senhora está chorando? O que aconteceu? — estava ficando desesperada.

— Seu pai Déb, ele sofreu um acidente. Ele está no hospital, eles não me disseram muito... Mas...

— Calma, calma! Eu estou chegando aí. Qual o hospital mãe? — perguntei com a voz trêmula.

Ela me deu o nome, e não precisei nem pedir o Arthur. Antes que eu desligasse o telefone, ele já havia ligado o carro e dado partida. Meu coração estava apertado, com medo do que pode ter acontecido. Eu nunca havia visto minha mãe daquele jeito, será que ele estava muito mal? Ela não me disse.

Olivia Vilela narrando 🌼

Quando Arthur chegasse, eu o mataria por me fazer ficar sozinha com aquela mala que ele chama de namorada. Na realidade, eu não tenho nada contra ela, mas ele não a ama. Por que ficar insistindo em algo que você sabe que não vai para frente? É burrice, e de burrice meu irmão entende.

— Você sabe onde está o Arthur? Ele não atende a porra do celular. — eu estava irritada.

— Bom, eu... — Diogo começou á dizer.

— Eu também estou querendo saber. — a insuportável sentou-se à mesa interrompendo.

Ela viajou na sexta, Arthur disse que ela só chegaria à segunda. Por que ela chegou hoje? Ela devia estar presente há alguma horas e eu já queria que ela desaparecesse.

— Você deveria saber né? Já que é namorada dele. — debochei.

— Por que nós namoramos eu tenho que saber tudo que ele faz? — indagou irritada.

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