Capítulo 40

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Débora narrando ⭐

Minha cabeça estava longe, eu sequer  conseguia prestar atenção na reunião que eu estava. Já estávamos na terça-feira e eu ainda não tive a tal conversa com Arthur, só de pensar que em poucos dias ele ia embora me dava um certo aperto no peito. A Mel estava feliz demais, e eu não conseguia imaginar como ela ficaria.

— Débora?! — ouvi meu nome e acordei dos meus devaneios. — Está tudo bem? Você parece distraída.

— Está sim, me desculpa. — me ajeitei na cadeira. — Eu realmente estou um pouco distraída, mas logo eu resolvo isso. Me desculpa de verdade.

— Tudo bem querida, todos nós temos direito de ter um dia ruim. — Paola, dona do prédio que é meu novo projeto, disse.

— Obrigado, pela sua compreensão. Mas, agora vamos voltar a falar do projeto. — sorri.

Ela concordou e voltamos a conversar sobre o que ela queria. Dessa vez resolvi deixar meus problemas pessoais de lado e focar no meu trabalho. O dia passou correndo, hoje o Arthur disse que ia buscar a Mel na escola. Então, resolvi passar no supermercado antes de ir para casa, comprei algumas coisas para fazer lasanha, fazia dias que eu vinha prometendo a Mel que iria fazer. Assim que cheguei a casa, ouvi a voz do Arthur, seria louco dizer que só fazia um dia que eu não o tinha visto e estava com saudade dele?

— Mamãe! — Mel gritou e correu em minha direção assim que me viu.
Abaixei e a peguei no colo enchendo seu rosto de beijos.

— Oi meu amor, como você está? — perguntei.

— Estou bem, eu e papai, tomamos sorvete preto — explicou.

— Sorvete preto? — franzi a testa e olhei para o Arthur.

— Açaí. — deu de ombros e sorriu.

Felipe apareceu na sala secando o cabelo. Mesmo depois que meus pais descobriram que ele estava de volta, ele continuou morando comigo. Confesso que é bom ás vezes.

— Trouxe comida? Por que estou morrendo de fome — perguntou se aproximando e pegando as sacolas dos meus braços.

Coloquei a Mel no chão e ela saiu correndo cantarolando alguma coisa. A energia dela não acabava nunca.

—Trouxe coisas para fazer lasanha. — falei.

— Eba! — ouvi Mel gritar e dei risada.

— Você vai ficar para o jantar? — perguntei para o Arthur.

— Pode ser nós precisamos conversar de qualquer forma. — disse com certa indiferença. Bom, eu não gostei disso.

—Tudo bem. Vou trocar de roupa e preparar o jantar e você bonitão — apontei para o Felipe —, vai me ajudar.

Ele resmungou algo, mas não dei importância, fui até meu quarto coloquei uma roupa de ficar em casa e fui para cozinha.

Minha lasanha ficou maravilhosa, não sobrou nada para o almoço do dia seguinte. Mel comeu tanto que ficou até sonolenta, mas a fiz ficar acordada um tempo ainda para não ir dormir com a barriga cheia. Felipe disse que ia sair para encontrar a Olívia, e Arthur o mandou deixar ela em casa antes de meia-noite e tudo que Felipe fez foi rir e sair pela porta.

— Vamos tomar um banho gostoso e dormir? Vamos!

— Só dormir, banho não. — reclamou.

— Banho sim porquinha.

Peguei-a no colo e fui dar um banho nela. Depois, ficou por conta do Arthur cantar para ela dormir, eu estava sentada no sofá da sala quando ele apareceu depois de ter ficado quase uns trinta minutos no quarto dela. Ele sentou ao meu lado e soltou um suspiro, o encarei.

— Eu sei que precisamos conversar... — comecei a dizer. — Mas estou com saudade.

Ele me olhou e abriu um sorriso no canto dos lábios. Arthur me puxou me fazendo ficar em seu colo, e me beijou. Puta merda! Eu estava com tanta saudade do beijo dele, suas mãos começaram a alisar minhas coxas, aprofundei o beijo e ele soltou um gemido baixo. Desci minhas mãos para a sua camisa, e passei a mesma pela sua cabeça dando uma pausa no beijo.

— Vamos para seu quarto… — falou com os lábios grudados no meu pescoço.

Nem precisei concordar, ele me pegou no colo, entrelacei minhas pernas em sua cintura e fomos assim até chegar ao meu quarto. Arthur me jogou na cama e foi trancar a porta, caso Mel acordar e quem sabe querer entrar né? Não seria uma coisa legal para ela ver.

Em minutos estávamos nus, Arthur passava a mão por todo o meu corpo e distribuía beijos por cada parte minha. Quando sua boca chegou a minha buceta, eu tive que colocar um travesseiro no meu rosto para meus gemidos não invadirem os ouvidos da minha filha.

— Eu preciso comer você agora. — anunciou subindo seu rosto e me beijando deixando rastro do meu gosto no beijo.

— Está esperando o quê? — ergui a sobrancelha e ele me deu um puta de um sorriso lindo.

Sem aviso algum, Arthur me penetrou de uma vez só e com força. Ele segurou uma de minhas pernas mais no alto, dando à ele acesso para ir mais fundo. Nossos lábios estavam grudados para abafar meus gemidos, mas ele cada vez ia mais forte, mais rápido e eu estava cada vez mais perto. Trocamos de posição algumas vezes, e gozamos juntos quando eu fiquei por cima, a cara dele gozando era tão maravilhosa e saber que foi eu que proporcionei não tinha preço.

Caí ao seu lado exausta, ofegante, mas completamente satisfeita. Ele me puxou para ele, aninhei minha cabeça em seu peitoral. Era tão boa essa sensação de estar nos braços dele.

— Espero que a Mel não tenha ouvido seus gritos. Senão, você vai se lascar para dar uma explicação. — falou brincalhão.

— Culpa sua! — ri.

— Não tenho culpa se eu te deixo maluquinha. — disse convencido.

Ele virou e ficou por cima de mim, seus olhos se fixaram nos meus. Levei uma de minhas mãos em seu rosto e acariciei o mesmo. Ele não fez nada, não falou nada, só me ficou me encarando como se estivesse gravando cada detalhe do meu rosto.

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