Maratona 4/5
Olivia narrando 🌼
Eu estava com tanta raiva. Raiva principalmente de mim por ser tão idiota. Eu sabia como ele era e mesmo assim fui me deixando levar. Pedi o táxi para me levar de volta para casa. Não demorou a ele chegar à porta de casa, paguei o mesmo e saí. Entrei em casa procurando Arthur, senti cheiro de fumaça e o segui de onde vinha. Se fosse o Arthur, eu ia estourar a cara dele na porrada.
— Eu vou matar você. — disse assim que o vi com cigarro entre os dedos.
— Sossega aí pirralha.
— Que eu me lembre você não usava mais essas merdas.
— É só um cigarro, Oli. Eu estava com raiva, precisava de algo para me acalmar. — ele deu um trago no cigarro e jogou a fumaça para outro lado. Continuei encarando-o. — É sério, para de me olhar assim.
Ele soltou um suspiro, apagou o cigarro e jogou no chão.
— Vou te dar um saco de boxe de presente, quando se sentir com raiva você use. Mas seus pulmões não têm culpa das suas burrices. — rolei os olhos e sentei o seu lado.
— Achei que você estaria feliz, você nunca gostou da Luara. — ele cruzou os braços em seu peito.
— Eu queria ver você feliz, mas no momento você não parece feliz. — falei, e me ajeitei sentando em cima das minhas pernas.
— Estou chateado por ter magoado a Luara, não queria isso para ela. Por mais que não dê certo com Débora, eu não podia mais continuar com ela. Eu estava sendo algo que não sou, ela não sabe nada sobre mim, ela só sabia o que eu queria que ela soubesse. Como poderíamos ter um relacionamento honesto assim? — disse um pouco pensativo.
— Enfim, está nervoso para amanhã? — perguntei, mudando de assunto.
— Não muito. Eu deveria está dormindo agora, mas eu estou sem sono nenhum.
Ficamos conversando mais um tempo até que ouvimos a campainha tocar. Quem era essa hora? Arthur levantou para atender, e eu fui atrás dele. Ele foi até o portão abrir, Arthur tinha que contratar pessoas para fazer isso. Fiquei espiando pela porta, e para minha infelicidade era o Felipe.
— Me deixa falar com ela, por favor. — Felipe implorou.
— Você deve ter dado uma mancada muito feia, para vir aqui ás quatro horas da manhã. — ouvi Arthur dizer.
— Para você ver meu desespero. Qual foi cunhado?!
Decidi abrir a porta toda, e cruzei meus braços.
— Eu não quero falar com você. Não há ninguém que me faça mudar de ideia. Arthur, por favor, manda ele embora. Vou me deitar. — falei, joguei meu cabelo e entrei em casa novamente.
Ele acha que vai fazer merda, vir aqui pedir desculpa e tudo vai se ajeitar? Negativo. Ele que se foda com as putas dele, isso inclui a Joana.
Débora narrando ⭐
Estava passando na televisão o campeonato de surfe, eu acordei cedo para assistir. Eu não entedia nada, mas eu queria ver um certo surfista em questão.
— Mamãe, por que a gente não foi na praia ver o tio Arthur de perto? — Mel perguntou, rabiscando uma folha.
— Porque mamãe está cansada. — menti.
Ela só tinha cinco anos, não existia a menor possibilidade de ela entender algo que nem eu entedia. Fiquei mexendo no seu cabelo, enquanto ela pintava entretida. Quando ouvi o nome do Arthur, passei a realmente prestar atenção. Ele parecia tão sexy em cima daquela prancha, dei risada sozinha.
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Sempre foi você
Teen Fiction+15 | Por um deslize, a vida de Débora mudou de um jeito irreversível. Obrigando-a mudar seus objetivos, dando outro caminho para suas preocupações. Após anos, quando finalmente ela está conseguindo colocar sua vida nos eixos, algo acontece perturba...