Capítulo 35

7.4K 576 32
                                    

Olivia narrando 🌼

Quando você está com problemas a pior coisa é ficar sem fazer nada, a mente viaja e ainda inventa paranóias que você acaba acreditando fielmente depois. Por esse motivo passei a correr todos os dias, e foi em uma dessas corridas que eu conheci a Bruna, ela morava perto da casa do meu irmão, e não tinha muitos amigos. Nos identificamos logo de cara, era bom ter alguém da minha idade por aqui para passar o tempo.

— Chega Bruna, para mim já deu. — falei ofegante, parando na em frente a casa do Arthur.

— Vamos parar mesmo, acho que você tem visita. — disse sorrindo.

Ela apontou com o queixo para trás de mim, e respirei fundo antes de virar. Era justamente quem eu achei que iria encontrar ali, soltei um suspiro frustrado, não queria falar com ele.

— Oi Oli. — Felipe disse me encarando. — Oi...

— Bruna. — se apressou em dizer.

Ela estava sorrindo demais. Não estava gostando daquela porra.

— Ok. Agora já se conhecem. Depois nos falamos Bruna. — forcei um sorriso.

Ela sorriu, piscou para mim e foi embora.

— Ela é bonita. Sua amiguinha nova? — perguntou com um sorriso cafajeste.

Eu não acreditei que ele estava me dizendo isso e eu estava pensando em ouvi-lo. Babaca!

— Vai se fuder.

Empurrei o mesmo e caminhei pisando firme até chegar ao portão. Mas ele segurou meu braço antes.

— Estou brincando, era só para saber se você ainda tem ciúmes de mim. — riu.

— Você é um ridículo!

— E você é linda.

— Não me tapeia não, Felipe.

Virei às costas e voltei andar, mas dessa vez ele deu a volta e parou na minha frente.

— Você fica mais linda ainda bravinha.

— O que você quer? — cruzei meus braços, irritada. — A Joana hoje não te quis?

Disse irônica e ele revirou os olhos.

— Eu só quero você, Olívia.

— Então, prova.

— Tudo bem, eu vou provar. Mas eu vim buscar uma coisa, e não vou sair daqui sem.

— O quê?

Ele passou a mão pela minha cintura, e me beijou. Inicialmente eu fiquei sem reação, depois tentei me afastar, mas por último eu acabei cedendo. Quem eu queria enganar? Eu estava com saudade daquele beijo.

Diogo Peixoto narrando ⚠️

Eu estava deitado na cama da Joana, após um sexo maravilhoso. Meu lance com a Joana era só físico, não tinha aquela parada de sentir saudade, de pensar nela e nem nada. Se algum dia eu sentisse saudade de algo relacionado a ela seria da sua buceta, somente.

— Droga! — reclamou enquanto lia algo no celular.

— O que foi?

— Luara está bêbada em algum bar. — respondeu.

Ela levantou com o celular na mão e colocou no ouvido, ela devia estar tentando ligar. Levantei, peguei minhas roupas espalhadas pelo chão e vesti as mesmas. Como eu disse, nosso lance era sexo, já tive o que eu queria agora eu podia ir embora.

Sempre foi você Onde histórias criam vida. Descubra agora