Capítulo 36

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Débora narrando

Minha vida estava voltando a entrar nos eixos, meu pai já estava em casa. Minha relação com o Arthur estava ótima, quer dizer parecíamos um casal de adolescente apaixonados. Não rotulamos o que tínhamos, mas estava bom do jeito que estava. A única coisa que faltava era a Mel saber de tudo, mas isso já estava nos meus planos.

Desde que aconteceu tudo, eu nunca mais vi e nem falei com a Luara, confesso que sentia uma falta filha da puta dela e tentei ir à casa da Joana umas duas vezes para conversar com ela, mas a Luara não quis falar comigo. Bom, a única coisa que eu poderia fazer era respeitar.
Perdida em meus pensamentos, me assustei quando a porta abriu. Levantei meu rosto e abri um sorriso, era ele.

— Oi minha linda. — sorriu e fechou a porta.

— O que posso ajudar o senhor?
Levantei e caminhei em direção ao mesmo.

— Muitas coisas. — disse com um sorriso sacana nos lábios.

— Você só pensa sacanagem.
Ri e passei os braços pelo seu pescoço.

— Não, eu não penso só em sacanagem. Eu penso também em sacanagem com você.

Disse e enfiou seu rosto no meu pescoço e deu alguns beijos suaves.

— Por que não me avisou que você vinha?

— Sabe, desde que te beijei nesse escritório. Fiquei imaginando coisas...
Encarei o mesmo.

— Que coisas?

— Melhor eu demostrar do que falar.

Ele sorriu e me beijou. Suas mãos logo desceram para minha bunda, apertando a mesma e pressionando meu corpo no seu, segurei seu cabelo com força entre meus dedos. Arthur subiu uma de suas mãos e a enfiou pela minha nuca, segurando com certa força meu cabelo, soltei um gemido baixo entre o beijo. Estava tudo tão bom, até que alguém abriu a porta. Empurrei o Arthur com força e olhei para pessoa parada na porta.

— Igor?!

Ele franziu a testa, olhou para nós dois e sem falar nada deixou a sala. Eu precisava aprender a me controlar. Porra, era meu local de trabalho, imagina se fosse meu chefe que tivesse entrado por aquela porta?

— Acho que me esqueci de trancar a porta. — coçou a nuca. — Mas foda-se, esse babaca não tem mais nada a ver com isso.

— Arthur...

— Quê?

— Eu preciso conversar com ele.

— Por quê? — perguntou enciumado.

— Ele deve estar pensando coisas ruins de mim. Ele merece uma explicação.

— O que importa o que ele está pensando de você? Você tem que se importar só com que eu penso, não com aquele babaca. — bufou

— Não vou discutir com você. Eu amo você, eu estou com você. Mas você não manda em mim, eu já fiz burrada demais nessa vida e não...

— Tudo bem. — soltou um suspiro frustrado. — Só não fica muito perto dele ok?

Me aproximei novamente, e selei seus lábios.

— Tudo bem, ciumento.

Ele rolou os olhos e antes que eu pudesse reclamar me beijou.

Mandei trezentas mensagens para o Igor, precisava conversar com ele, eu sei que não devia mais explicação nenhuma, mas eu lá sabia o que ele estaria pensando de mim. Depois de muita insistência ele concordou em ir almoçar comigo. Quando cheguei ao restaurante a cara dele não era das melhores, eu o conhecia e sabia que ele estava bem puto.

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