Débora narrando ⭐
Quando voltei para sala Arthur estava mexendo em seu celular distraído.
— Achei que não fosse vim hoje. — comentei sentando no sofá, mas um pouco distante.
— Sentiu minha falta? — ergueu uma sobrancelha e deu um sorriso de canto. Eu apenas balancei os ombros.
— Fui resolver uma coisas, preciso ir para o Havaí…
— Ah! — disse deixando transparecer meu desânimo.
— Ei! Eu vou voltar… — ele se aproximou. — Só preciso ir resolver as coisas com Olívia e com Diogo. Eu estraguei as coisas com eles também.
— Tudo bem. — concordei.
— Como está minha garotinha? — perguntou me pegando de surpresa e colocando a mão sobre minha barriga. — Ela já mexe?
— Não… — ia começar a dizer, mas senti um chute fraco.
Arregalei meus olhos e fiquei esperando por outro movimento, Arthur levantou minha blusa deixando minha barriga exposta e deixou sua mão sobre a mesma.
— Você está sentindo isso? — perguntei baixo, com medo dela ouvir e parar de se mexer.
— Sim, eu estou sentindo isso… — disse com um sorriso lindo nos lábios.
— Acho que ela sabe quem é você. — falei sorrindo também.
— E quem eu sou?
— O pai dela — respondi como se fosse óbvio.
— Só isso?
Ele me encarou e se aproximou mais. Ai meu Deus, ele estava perto demais, o perfume dele entrou pelas minha narinas e eu fechei meus olhos.
— Arthur...
— Eu sei, eu sei. Eu errei Débora, fiz a maior burrada da minha vida, mas eu não posso perder você. Eu te amo tanto. — seu rosto estava mais próximo, seu nariz roçava na minha bochecha. — Você não confia em mim e eu aceito isso, eu fiz por onde para merecer sua desconfiança. Mas eu preciso de você. Eu vou ficar no máximo uns três dias fora, mas eu prometo que quando eu voltar eu não vou sair mais do seu lado.
— Eu não quero que prometa, eu quero que faça. — falei e virei meu rosto encarando-o.
— Eu sei, tudo bem.
— Eu senti sua falta — falei baixo, e meus olhos desceram para seus lábios.
— Eu também meu amor, eu também.
Arthur juntou seus lábios nos meus e iniciou um beijo cheio de carinho, amor e saudade, muita saudade. Subi minha mão para seus cabelos e sorri entre o beijo.
— Hoje eu não ganhei flores — sussurrei ainda com nossos lábios colados.
Ele abriu um sorriso, e levou a mão no meu rosto acariciando minha bochecha com o polegar.
— Quem disse? É porque você é apressadinha. Espera aí — ele selou meus lábios e levantou.
Fiquei sentada morta de curiosidade, ele voltou cinco minutos depois com um buquê de rosas vermelhas nas mãos e um caixa na outra. Abri um sorriso e estiquei meus braços, Arthur me entregou as flores, aproximei meu rosto delas absorvendo seu cheiro.
— Humm… Essa não tem cartão. Não tem frase hoje? — perguntei depois de ter procurado o envelope com cartão.
— Tem, mas ela veio em um lugar diferente. — ele respondeu e me entregou a caixa marrom.
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Sempre foi você
Teen Fiction+15 | Por um deslize, a vida de Débora mudou de um jeito irreversível. Obrigando-a mudar seus objetivos, dando outro caminho para suas preocupações. Após anos, quando finalmente ela está conseguindo colocar sua vida nos eixos, algo acontece perturba...