Capítulo 32

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Maratona 3/5

Arthur narrando ⚡

Eu esperava gritos, xingamentos e outras coisas piores. Mas tudo que a Luara fez foi sair do quarto, isso não foi nada bom, silêncio nunca é bom.

Respirei fundo, eu sabia que meus problemas só estavam começando. Ouvi o barulho da porta sendo aberta, já fiquei esperando ouvir as piores coisas, mas era só o Diogo.

— Que merda está acontecendo? Luara está arrumando as coisas dela. — disse um pouco confuso.

— Melhor assim. — dei de ombros.

— Você contou para ela? — sentou na cama ao meu lado.

— Não tudo. Só terminei e disse que amava alguém.

— Você tem noção da merda que isso vai dar?

Oh se sabia!

— Vou no hospital falar com a Débora. — levantei da cama.

— Quê? Não! Você vai ficar aqui e dormir, amanhã você vai participar do regional. Foca nisso. Você veio parar aqui por esse motivo, e não por causa de mulher. — Diogo ficou em pé e colocou a mão no meu peito. — Você tem chances de chegar ao mundial, não vou deixar você estragar isso, por causa dessas merdas.

— Não é merda. É a porra da minha vida! — empurrei a mão dele.

— Você viveu cinco anos sem essa garota, pode viver mais uns dias.

Soltei um suspiro. Ele tinha razão, eu poderia consertar as coisas com a Débora depois. Primeiro eu tinha que rezar para ela ter dito não. Ela não diria sim, certo? Ela não aceitaria casar com ele, sendo que ela havia dito a dias atrás que me amava. Na realidade, ela não disse.

— Tudo bem!

— Acho melhor você ir conversar com a Luara. Eu sei que é meio insensível o que vou dizer, mas se ela quiser dar um show para impressa não vai ser legal para você. Lembra dos patrocinadores? Eles não vão querer ver os nomes deles ligados à barraco de mulher.

Assenti e ele saiu do quarto. Tomei coragem e fui atrás da Luara. Apesar de dormimos no mesmo quarto, ela gostava da privacidade dela, então as coisas dela ficavam no outro quarto. Bati na porta algumas vezes. Como não obtive resposta, entrei no quarto. Ela estava jogando as roupas dela na mala.

— Luara. — chamei-a.

— Não fala comigo, por favor. Não quero falar sobre isso. Na realidade, eu nem sei o que pensar. — ela parou e me encarou. — Eu não quero pensar, porque cada vez que penso as coisas fazem mais sentido, e estou com raiva de mim, por ter sido tão burra e cega.

— Do que você está falando?
Eu precisava saber se ela realmente sabia. Se ela havia ligado as coisas.

— Você disse que amava alguém e que continua amando. Sua reação lá em baixo, quando o Igor pediu a Débora em casamento…. É ela não é? Eu não entendo. Não sei se quero saber o que aconteceu entre vocês. Mas é ela não é?

— Luara…

Ela estava querendo chorar. Não queria que as coisas fossem assim, eu sei que estava meio foda-se. Mas eu me importava com ela.

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