Capítulo 37

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Felipe narrando 🍀

Meu pai ainda estava bravo comigo, na realidade, ele estava muito puto do tipo querendo me matar. Minha mãe nem se ela quisesse ela conseguiria, ela é muito doce para ficar com raiva de alguém por muito tempo.

— Me ajuda a colocar a mesa, Lipe. — minha mãe disse.

Ela e esse apelido broxante. Levantei do sofá, onde meu pai e Arthur engataram em uma conversa, acho que eles iam se dar bem. Meu pai quando não gostava de alguém ele fazia questão da pessoa ficar bem ciente disso. Olhei para varanda e avistei a Olí sentada no chão brincando com a Mel, abri um sorriso involuntário. Ela tem esse poder sobre mim, me fazer sorrir, me fazer imaginar um futuro com alguém.

— Ela realmente deve ser uma garota especial, você nunca trouxe uma garota para conhecermos. — minha mãe disse ao meu lado.

Olhei-a rapidamente, eu nem percebi que ela havia parado ali.

— Ela é, mas ela meio que me odeia agora. — dei de ombros.

— Então, isso é ótimo ela não te odeia totalmente.

Dei risada.

— Eu te amo, dona Ana!

Passei meu braço pelo seu pescoço e beijei sua bochecha.

■■■■

Todos estavam a mesa, comendo animadamente. Percebi que era minha deixa, que Deus me ajudasse, eu precisava fazer tudo certo senão ia fuder tudo de vez.

— Eu queria um minuto da atenção de vocês. — falei, ficando em pé.

Arthur parou de falar me encarou, ele sabia o que eu ia fazer. Então, ele só me deu um sinal para prosseguir.

— Fala meu filho. — minha mãe disse.
Respirei fundo, saí da minha cadeira e me aproximei da Olívia, que me olhava assustada.

— Então, o resumo da minha vida é fazer burrada...

— Errado. — Débora me interrompeu.

— Se você quer fazer uma declaração não comece falando as merdas que você fez... — cruzou os olhos e rolou os olhos.

— Amor, o deixa terminar... — Arthur disse.

— Olívia, algumas semanas atrás, você pediu que eu te provasse que você era importante para mim, que era especial... E que meu sentimento por você era de verdade. Eu passei todos os dias, desde aquele dia pensando no que eu poderia fazer para você acreditar em mim... Então, pensei que não precisava fazer algo extraordinário, eu só precisava ser eu. Aqui nessa mesa estão às pessoas mais importantes da minha vida, e eu queria dizer na frente delas que você é a garota... E eu quero que você seja, minha garota. Espero que isso seja uma prova necessário, porque sou péssimo nisso...

Antes que eu terminasse falar, ela levantou e pulou no meu pescoço me tascando um beijo.

— Eca! — ouvi a Mel dizer.

— Isso foi um pedido de namoro? — ela se afastou ainda sorrindo.

— Depende, só se você for responder sim.

— Babaca.

Ela riu e me beijou novamente.

— Ótimo, para de enfiar a língua dentro da boca da minha irmã e vamos voltar a comer.

Dei risada e a soltei, ela me lançou o sorriso mais lindo do mundo e sentou em sua cadeira. Passei os olhos pela mesa e meus olhos bateram no meu pai, que fez um simples aceno com a cabeça e deu um sorriso tímido. Ele estava orgulhoso de mim.

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