A praia do amor

Capítulo XXXIII

Lavínia narrando...

Acordei com uma gritaria lá embaixo e me assustei, fui até a porta e abri a mesma ouvindo algumas partes de uma briga.

- .... A vadia da sua mãe não te deu a educação que deveria ter dado - Um homem com uma voz assustadora disse 

- Não fala da minha mãe seu merda - Essa voz eu conhecia, Gui dizia e por sua voz ele estava nervoso

Comecei a ficar assustada, ouvi algumas coisas quebrando e eu estava com medo de algo acontecer com o Gui. Pelos gritos que ouvi eu deduzi ser seu pai, eu estava tão triste porque as coisas que o pai do Guilherme disse me machucaram muito e se me machucaram tanto assim, imagina o Gui. Eu não sabia o que fazer, não sabia se ligava pra alguém ou se descia lá em baixo ou apenas ficava no quarto, apenas sentei na cama e lágrimas começaram a descer pelo meu rosto.

- Não fala assim da minha mãe, você acha que é quem pra falar assim dela - ouvi o Gui gritando, por mais que eu não quisesse ouvir nada não dava, eles estavam gritando muito - E pode deixar, que eu não fico aqui mais nenhum segundo

Nesse momento eu entrei em pânico, pra onde ele iria? O Gui não trabalha, só estuda, por mais que eu saiba a sua capacidade aonde ele iria achar um emprego? Como ele iria se sustentar? Essas perguntas ficavam na minha cabeça, mas eu me assustei quando a porta foi aberta bruscamente e ele estava lá, respirando ofegante e muito nervoso. Quando ele me viu, ali assustada, veio na minha direção e se ajoelhou na minha frente.

- Me desculpa Lav, mas eu não consigo me segurar com aquele monstro lá - ele disse nervoso

- Ei calma, vai ficar tudo bem - eu disse passando minha mão pelo seu rosto - Eu to aqui pra te ajudar

- Obrigado - ele disse sorrindo e foi se acalmando - Agora eu preciso ir embora dessa casa e achar um emprego

- Calma, respira um pouco - eu disse - Aonde que você vai ficar?

- Eu fico num hotel, ou na casa do Marcos - ele disse - Eu ainda tenho um dinheiro guardado, que a minha mãe deixou pra mim antes de ir embora

- Certo - eu disse me levantando e o abraçando, acabei chorando novamente 

- Por que você ta chorando doida? - ele disse me olhando

- Eu to assustada - sussurrei - As palavras dele me machucaram 

- Calma minha linda - ele disse me abraçando forte - Eu já não ligo pra mais nada que ele fala

- Mesmo assim, machuca - eu disse

- Olha pra mim - ele disse levantando meu rosto - Quando ele fala algo pra mim, eu aprendi a ignorar a não dar bola. Ele não faz diferença na minha vida, ele acha que me machuca, mas não. As coisas normalmente machucam quando vem de alguém que a gente gosta ou se importa, e eu só sinto nojo e pena dele.

- Certo, mas e agora? Como vai ser? Você vai precisar de um emprego e de uma casa - eu disse e ele concordou rindo

- Sim sim, eu posso pedir um emprego pro meu tio e a casa eu posso ficar num hotel por enquanto, depois eu vejo um apê pra mim - ele disse e eu concordei - Agora me ajuda a arrumar algumas malas com roupa

Começamos a arrumar um pouco de coisa, o Gui não queria levar muita coisa só o básico pra ele ter o que vestir e essas coisas.

- Eu não acredito no que eu tô vendo - eu disse assim que abri uma gaveta lotada só com camisinha, tipo, só tinha camisinha mesmo e eram muitas, de vários sabores, cores, entre outros.

- No que? - ele disse vindo na minha direção e quando viu do que se tratava me olhou assustado e depois começou a rir - É só pra prevenir sabe?

- Mas isso aqui é muito menino - eu disse rindo e mexendo na gaveta lotada

- Mas um dia a gente vai precisar então é bom levar - ele disse rindo me fazendo corar

- Seu bobo - eu disse rindo e o mesmo pegou um monte de camisinha e tacou na mala - Misericórdia - eu disse rindo e assustada 

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- Pronto, isso aqui ta ótimo - ele disse quando acabamos de encher duas malas com algumas coisas

- Eu ainda acho pouco, mas tudo bem - eu disse e ele negou

- Agora vamos descer e torcer pra ele não estar lá embaixo - ele disse e eu concordei, fomos descendo a escada e....

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Maratona pra vocês, Deus que me ajude a ter criatividade e fazer algo bom kkk <3