Capítulo XL

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Marcos narrando...

Eu conhecia o caminho que o meu pai tava fazendo, eu sabia aonde iria dar, só não queria acreditar que meu pai está apaixonado pela mãe da Carol. Quando chegamos lá eu tava nervoso, não queria entrar, tinha medo do que meu pai fosse falar, porque eu sei muito bem o que ele pensa de mim. Ele acha que eu sou um vagabundo, e eu realmente era, até a Carol chegar. Ela só pode ter jogado um feitiço em mim, eu nunca me apeguei a mulher alguma e nem pretendia, eu não me dou bem com relacionamentos. Eu sabia que se meu pai soubesse que eu gostava da Carol ele não iria acreditar e me afastaria dela, ele sempre me disse que eu deveria respeitar todas as mulheres e nunca magoa-las, mas eu sempre fui todo errado. Sempre acabava iludindo alguém, mesmo que sem querer e magoava muitas meninas. 

Mas com a Carol é algo diferente sabe? Quando eu bati o olho nela, eu senti uma coisa que eu nunca havia sentido, eu me arrepiei com o seu olhar, com seu toque e com aquele sorriso, é um sorriso que eu não me cansaria de ver. Sei o que ela passou e eu quero mostrar pra ela que eu sou diferente, e ela parece que confia em mim. Sempre tento fazer de tudo pra ver ela feliz, já até tentei me afastar porque eu tenho medo de magoar a mesma, mas não dá. Já tentei ficar com outras mulheres, mas sempre vinha ela na minha cabeça e eu não conseguia.

Ela é maravilhosa, tem um coração bom e uma alegria que quando ela ta junto é impossível não sorrir. Eu quero muito me envolver com ela seriamente, mas eu sei que ela tem medo, até eu tenho. 

- Tá pensando o que ai? - ela disse enquanto lavava a louça e eu ajudava ela secando

- Na gente - eu disse fazendo ela me encarar com uma cara de quem não entendeu - Na gente junto, namorando, casando, tendo filhos, tudo isso Carol. - ela sorriu - Você sabe que por mim a gente já estaria namorando.

- Eu sei Marcos, mas agora tem seu pai, minha mãe e eu não sei se realmente quero - ela disse suspirando - Vamos deixar as coisas rolarem ok?

- Certo - eu disse dando um selinho na mesma - Mas pensa a gente junto, que casalzão né? - ela assentiu rindo

- Vou pensar 

- Pensa com carinho - eu disse dando um beijo no seu pescoço 

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Estávamos todos na sala e a Carol chorava horrores vendo o filme de romance que eu não consegui prestar atenção.

- Vocês vão dormir aqui né? - a mãe da Carol perguntou pra mim e pro meu pai

- Por mim pode ser - eu disse e ela olhou pro meu pai

- Vamos sim - ele disse e a mesma sorriu

- Lembrei agora que o quarto de hóspedes ta ocupado com algumas coisas, faz mal você dormir no quarto da Carol, Marcos? - Fernanda perguntou pra mim

- Não tem não - eu disse dando de ombros 

- Deixa Fe, o Marcos dorme no sofá - meu pai disse

- Nada disso, ele é visita - ela disse séria - Ele dorme lá, a Carol não se importa né? - ela disse piscando pra Carol que olhou pra ela rindo

- Não mãe, pode dormir lá sim - ela disse e eu assenti

- Certo, vamos deitar? - ela perguntou pro meu pai que concordou com a cabeça - Podem ficar ai o tempo que quiserem, só não esqueçam a TV ligada.

- Tá mãe - Carol disse olhando pra TV

Eles levantaram e subiram a escada, meu pai tava muito apaixonado pela mãe da Carol ele me falava dela o dia todo.

- Só nós agora - eu disse sentando do lado da Carol e a mesma deitou a cabeça no meu colo e me fez fazer cafuné nela - Folgada

- Eu não, vamos ver o filme 

- Não consigo - eu disse e ela me olhou

- Por que?

- Não dá pra prestar atenção no filme contigo ai - eu disse e ela riu

- Para de ser bobo, quer deitar então? 

- Pode ser, to cansadão

- Vamos lá pro quarto - ela se levantou e me puxou até o quarto dela

- Que quarto de princesinha Carol - eu disse rindo

- Para, meu quarto é lindo - ela disse dando a língua e foi até o guarda roupa pegando o pijama 

- Nossa, olha eu aqui - eu disse vendo as fotos que ela tinha num mural e eu tava lá, foi a foto do primeiro dia que a gente se viu - Me sinto especial

- Mas você é - ela murmurou - Vira de costas pra eu me trocar

- Para vai - eu disse sentando na cama - Se troca ai

- Vira logo, tenho vergonha - ela disse rindo e eu me virei

- Que palhaçada - eu disse e ela riu

- Pronto pode virar - ela disse depois de uns minutos

- Nossa senhora, quero dormir contigo todo dia - eu disse vendo o pijama curto dela

- Eu nem de pijama durmo, mas já que tu ta ai vou ter que dormir assim né - ela disse rindo

- Hum sei, e eu não durmo de roupa - eu disse e ela me olhou enquanto eu tirava a blusa - Só durmo de cueca

- E tu vai ficar de cueca comigo aqui? - Ela disse e eu assenti rindo

- Vou, um dia tu vai me ver sem cueca mesmo - eu disse rindo e ela me olhou assustada 

- Convencido - ela disse deitando na cama e eu deitei logo em seguida

- Vem cá - eu disse puxando ela pra grudar em mim

- Quanto grude Deus! - ela exclamou e eu ri

- Até parece que tu não gosta - eu disse e ela riu negando - Gosta sim

- Uhum - ela disse e me deu um selinho 

- Que sem graça - eu disse e puxei ela pra me dar um beijo de verdade

Ela colocou a mão na minha nuca fazendo carinho ali e eu coloquei a mãe na cintura dela grudando nossos corpos, nossas línguas brincavam em sincronia e ela dava mordidas no meu lábio. Coloquei a mão na coxa dela e apertei fazendo ela suspirar, desci meus beijos pro pescoço dela e eu vi a mesma se arrepiando. Nunca passamos de beijos, sempre respeitei os limites dela e só iria ultrapassa-los quando ela deixasse. Nos beijamos por um tempo e depois fomos dormir, ela virou de costas pra mim e eu grudei nela fazendo a gente dormir de conchinha.

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