Capítulo LXXVII

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Lavínia narrando...

Os últimos dias tem sido horríveis, fico enjoada com qualquer comida ou cheiro. Tracy me ajuda bastante, com tudo, as vezes não quer me deixar nem levantar da cama pra eu não fazer esforço e eu digo pra ela que estou grávida e não doente, me obriga a comer alimentos saudáveis, porém só tenho desejo de comer doce.

- Dylan perguntou por você hoje - Tracy entrou no quarto sorrindo maliciosa 

- Hum, o que ele queria? - perguntei

- Saber o porque de você estar faltando e me pediu seu número - disse

- Você não passou né? - falei como se fosse óbvio 

- Claro que passei - ela disse me encarando - Ele é gato e está interessado em você

- Mas eu não estou interessada nele - eu disse e ela revirou os olhos

- Você diz que quer seguir em frente - ela disse se levantando - Mas enquanto você estiver olhando pro seu passado, não vai conseguir e vai sofrer cada vez mais!

- Tracy... Eu estou tentando - eu disse e ela negou

- Você só diz que está tentando, Lavínia - ela falou - Mas você não tenta de verdade, você acha que eu não sei que você acorda de madrugada e fica chorando? Também sei que você olha a foto de vocês dois a cada cinco minutos, você só está se machucando desse jeito. Eu sei que ele foi o melhor pra você, mas lembre-se que é por ele que você está assim, vá ser feliz, agora você tem um bebê ai contigo que vai te dar mais forças, lute por vocês.

- Tá bom, Tracy... - eu disse triste - Vou tentar, só que é difícil

- Eu sei que é! Mas você é forte e vai conseguir - ela disse depositando um beijo na minha testa e saindo do quarto - Eu acredito em você...

Tudo que a Tracy havia me dito não saía da minha cabeça, eu dizia pra todos que ia tentar mas eu nunca me esforcei pra isso. A partir de agora eu iria seguir a minha vida, ia parar de olhar pro meu passado e pensar no meu futuro, por mim e pelo meu bebê.

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 - Oi Dylan - eu disse entrando no seu carro

- Oi! Achei que não viria - disse dando um beijo na minha bochecha 

- Eu não iria vir - eu disse e ele me olhou chateado - Não estou muito bem

- O que você tem? - perguntou 

- Nada, daqui a pouco melhora - eu disse e ele sorriu - Vamos aonde?

- Num restaurante japonês, você gosta? - perguntou e eu já comecei a ficar água na boca

- Eu amo! - disse animada e ele riu

Dylan era aqueles carinhas de filme, popular, bonito e capitão do time, mas isso não fazia o meu tipo. Ele era uma boa pessoa, querido com todos e gentil, mas mesmo assim eu não conseguia sentir nada por ele. 

Durante todo o percurso ele me perguntou um pouco de como era viver no Brasil e do que eu mais sentia falta, ele era bom de papo e muito engraçado.

- Chegamos - disse desligando o carro - Espero que tenha uma ótima noite comigo Lavínia 

- A noite já está ótima, você é um querido! - eu disse e ele riu saindo do carro

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