Capítulo XC

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Lavínia narrando...

- Então, Be... - falei e ele me encarou sorrindo - Seu papai é ele! - falei rápido como se estivesse tirando um peso das costas

- Você é meu papai? - Bernardo virou olhando pro Gui que me encarou sem entender, ele queria me matar - Papai, papai, papai! - correu até o Gui que o pegou no colo

- Desculpa - sussurrei vendo o Gui chorar, mas eu não sabia se era de medo, tristeza ou emoção

- Agora que você é meu papai, eu e a mamãe vamos morar com você? - Bernardo perguntou sorrindo e o Gui o abraçou com força

- Vão sim - falou me encarando com uma cara nada boa - Yasmin - gritou - Filho, será que você pode ficar mais um pouquinho com a titia Yas? Depois a gente vai brincar muito...

- Ebaa - gritou se jogando nos braços da Yasmin

- Não fica bravo com ela - Yasmin falou pro Gui que me olhou negando

- Você não tinha o direito de esconder ele de mim - disse alto vindo na minha direção - Qual o seu problema? Depois de três anos eu descubro que tenho um filho? Você é sem noção? Eu tinha que saber disso, era um direito meu! E um direito dele também, como você acha que ele deve ter se sentindo quando o dia dos pais chegava? Todos seus colegas com o pai e ele sem ninguém! Eu sei o que é crescer sem um pai ali contigo, e é horrível...

- Desculpa - falei baixo - Eu queria ter te contado, mas eu tinha medo, medo de você não querer... E eu nunca saí do lado dele, cuidei e eduquei meu filho, lutei todos os dias pra ele ter o que comer, ter roupa e até ir pra escola... Eu me orgulho da mãe que eu sou e não é você que vai me fazer repensar isso.

- Eu não querer? - gritou segurando meu braço - Meu sonho sempre, SEMPRE foi ter um filho contigo Lavínia! E eu não duvido da sua capacidade, mas o que você fez foi errado.

- Eu sei, mas...

- Não tem mas, cara - disse apertando meu braço 

- Você tá me machucando - falei e ele soltou meu braço 

- Desculpa, eu tô nervoso - falou e eu segurei seu rosto 

- Você não ficou feliz? - perguntei encarando seus olhos, que tinham o mesmo brilho de sempre e eu nunca iria cansar de apreciá-los 

- Eu to feliz, pra caralho - falou chorando e eu limpei suas lágrimas - Mas você foi egoísta! E se você não tivesse voltado, o menino ia viver sem pai?

- Ele tinha o Dylan - falei e ele me prensou na parede 

- Que Dylan o que caralho - gritou e eu levantei a cabeça o encarando - Esse menino é meu filho, entendeu? Eu sou o pai dele e vou cumprir com as minhas responsabilidades

- Não é mais do que sua obrigação - falei debochada e ele segurou meu maxilar 

- Fica quietinha que você não tá na razão - falou e eu mordi meu lábio inferior - Não faz isso...

- Isso o que? -perguntei provocando 

- Caralho, sai tô bravo - disse saindo e eu gargalhei - Cara, você escondeu o menino de mim...

- Não foi por querer, eu ia te contar - falei suspirando - Mesmo eu não querendo te ver nunca mais, ele sempre perguntou pelo pai...

- Não querendo me ver nunca mais? - repetiu chegando mais perto - Você sabe que me ama e eu te amo...

- Quem te disse isso? Não te amo faz tempo - falei rindo

- É? - perguntou - Então diz olhando nos meus olhos, fala que não me ama e não quer mais nada comigo

- Eu não te amo pouco - falei e ele riu - Ai merda! Pera vou falar...

- Não precisa, o mundo todo sabe que nos amamos - disse roçando os lábios na minha bochecha - Diz pra mim que sentiu saudades...

- Bem pouquinha - falei e ele me olhou

- Eu senti muita falta, dessa tua boca - falou passando os dedos pelo meu lábio - Desse teu cheiro, da tua pele, da tua voz e... - falou passando a mão pela minha intimidade por cima do short jeans, me fazendo suspirar e ele sorriu malicioso 

Por um momento eu me deixei levar e senti seus lábios nos meus, passei meus braços pelo seu pescoço tentando matar toda a saudade que eu tava, ele levou sua mão até a minha bunda e apertou a mesma com força. Parecia a primeira vez que estávamos nos beijando, eu podia sentir o coração acelerado dele e o calor do seu corpo em contado com o meu, parecia que tinha uma escola de samba na minha barriga de tão nervosa que eu estava. Aquele era mais um beijo pra nossa lista, um beijo quente, feroz, com amor e com um gostinho de saudade... Um beijo de reencontro...

Poderia se passar dez, vinte, trinta ou até cinquenta anos, esse amor nunca acabaria e eu nunca acharia alguém que eu pudesse amar tanto assim... Eu não tenho dúvida do amor que eu sinto pelo Guilherme...

- Quem é Dylan? - ele parou o beijo e me encarou 

- Quem é Lua? - perguntei e ele riu voltando a me beijar...

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Um capítulo que não tá bem do jeito que eu esperava, porque eu to com sono e fico sem criatividade, mas como vocês pediram tanto e tudo que vocês pedem eu faço (a metade das coisas pelo menos kk) eu fiz, espero que gostem e até amanhã coisas lindas! <3

A praia do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora