M I R O T I C ↬ Sulay

|16| Heroes (We Could Be)

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O fato de Junmyeon ser um possível brat é algo que por mais que devesse me incomodar, não me incomoda tanto.

Cada vez que ele me desobedece, é uma nova oportunidade de provoca-lo e atiça-lo da forma que o faz implorar para ser fudido com todas as minhas forças.

No entanto, isso é um problema, principalmente quando nitidamente ele sabe que precisa seguir minhas ordens, e mesmo assim, as ignora, como agora.

Minado.

Tendencioso.

E chantagista emocional.

Este é meu Kim Junmyeon.

Mas, seus lindos olhos e biquinho chamativo, que, se não fosse meu alto controle já teria me feito fazer diversas loucuras, não irão me convencer que seu braço está bom, ainda mais estando com uma mancha roxa.

O que certamente, não deixei para lá, porém, isso ficará para depois, já que agora, meu maior desafio é tirar meu submisso de dentro do carro e leva-lo até o hospital.

- Yixing, eu estou bem, é apenas um roxinho, daqui a pouco sara. Vamos, eu tenho que trabalhar e você...

- E eu tenho que cuidar de você, príncipe. Isto não é apenas um "roxinho". Como você pediu, esperei até hoje de manhã para te levar ao médico e agora, você vai parar de manha e sair desse carro, nem que eu tenha que te arrastar.

O olhei sério, da forma que o faz concordar, sem ao menos pensar duas vezes.

Apesar de amar me desobedecer, meu príncipe dos lábios doces sabe quando uma ordem é dada, e sem quesitos para objeções.

- Eu não gosto de médicos, senhor...

Ele me fala manhoso e se aproximando de mim.

Como disse, minado, tendencioso e chantagista emocional.

- Junmyeon...

Ele bufa e suspira, tenta cruzar os braços, mas o esquerdo doí, pela expressão de dor que meu submisso faz, e logo depois me olhar.

- Está bem. Vamos logo.

Meu príncipe diz, e eu o puxo para beijar seus lábios tão doces.

Ao qual, foi retribuído.

Por sorte, a recepção do hospital não estava muito cheia, e logo Junmyeon fez ficha e fomos juntos para a sala de espera do ortopedista.

Onde, sentamos juntos, como qualquer outro casal.

Sem se importar com os olhares.

Sempre fui bem certo das minhas escolhas, e escolher me assumir foi a melhor delas. Sempre noto a forma que as pessoas olham para meu príncipe e eu, mas, isso não me importa, como nunca importou.

Não há porque sentir vergonha de andar com a pessoa que se ama, independente da orientação sexual.

- Senhor Kim Junmyeon.

Nós dois olhamos para a porta do consultório, onde, uma mulher alta com um coque no cabelo está parada.

Junmyeon se levanta, e me puxa atrás de si.

E juntos, seguimos para sala.

- Bom dia, senhor Junmyeon, o que o trás aqui hoje.

Junmyeon se senta na cadeira a frente da mesa, e eu fico logo atrás, e ele me olha.

- Bom, meu namorado que me trouxe aqui.

Ele diz e a médica ri.

Bom, é raro achar alguém que ache graça nas piadas de Junmyeon, ou as entenda, como no meu caso, mas enfim.