|35| Mirrors

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Junmyeon sentou em meu colo, e abaixou o olhar para meus lábios, da mesma forma que o meu, foi para o dele e enfim, nossas bocas se tocaram e tudo fez sentido outra vez para mim.

Com todo o cuidado, puxei Junmyeon para mais perto, e fechei meus braços em torno de sua cintura, e os deles, envolveram meu pescoço enquanto aprofundava o beijo.

Inúmeras vezes nos beijamos, inúmeras vezes minha língua se moveu junto com a dele, e seu gosto invadiu minha boca, mas, todas essas vezes não se comparava com esse simples e um pouco atrapalhado beijo.

Meu príncipe dos lábios doces me empurrou contra o sofá, e minhas costas encostaram na superfície estofada, se ajeitando no meu colo como dava, tudo para não separa nossas bocas, até que então, o ar acabou e nos separamos.

Meus olhos se abriram, e eu talvez nunca vá conseguir descrever o que sinto em ver seu rosto tão de perto. Suas bochechas estão coradas, como adoro vê-las assim, e como senti falta delas, seus lábios fartos estão um pouco inchados, seus cabelos bagunçados, da forma que se ele tivesse notado, estaria em um surto, e seus olhos estão fechados.

Devagar, solto um dos meus braços de volta de sua cintura, e levo a minha mão até sua face de pele macia.

Pele de um príncipe.

De um anjo.

Do meu doce é angelical, Junmyeon.

- Você realmente voltou para mim, eu não estou sonhando?

Disse acariciando sua face, e ele, como sempre fez, mexeu a cabeça aproveitando o carinho.

Como senti falta em dar carinho a ele.

Meu príncipe dos lábios doces então abriu os olhos, e seu lindo sorriso.

Adorável.

- Você me perdoa? 

Seus olhos se encheram de lágrimas, e como sei disso? Conheço cada pedacinho do meu homem, conheço cada manhã, cada chantagem emocional, e também sei quando se arrepende de algo, e fica com essa expressão, a mesma que fazia, faz, quando me desobedece, e exatamente por isso, ao ver seus olhos brilhando da forma que estão, sei que são por causa delas.

Meu submisso voltou para mim.

- Eu não tenho nada que lher perdoar, meu amor. - Lhe disse, fazendo seu sorriso aumentar e seus olhos se fecharem, e por um deles, uma lágrima escorreu.

Embora nunca tenha lhe falado, eu tenho verdadeiro pavor e desespero de vê-lo chorando, tanto que, por essa razão, naquele infeliz dia, por vê-lo dessa forma, eu entrei em uma espécie de zona nula, e fiquei sem reação. Contudo, ao contrário daquele dia, hoje, lhe ver chorar enquanto acaricio seu belo rosto com meu polegar, tudo que tenho vontade de fazer e beijá-lo.

E é exatamente, o que farei.

Sem a menor cerimônia, ou receio - coisa que só houve entre a gente, a muito tempo e por uma situação especifica -, o puxei para mim, e o ajeitei nos meus braços o deitando, e talvez, por ser pego de surpresa, por estar com os olhos fechados, meu príncipe dos lábios doces se segurou em meus braços e abriu os olhos, mas ao ver o que estava fazendo, esboçou um sorriso curto e apenas relaxou o corpo subindo os braços para meu pescoço.

Mesmo ele falando que não estou sonhando, ou que, por deus, ele está aqui, não posso deixar de me sentir dentro de algum devaneio inebriante de uma mente cansada de imaginar como as coisas eram antes dele ir, cansada de sentir sua falta, de mandar inúmeras mensagens e desejar ao menos saber se estava bem, em segurança.

M I R O T I C   ↬ SulayOnde histórias criam vida. Descubra agora