|42| Epílogo

2.1K 137 224
                                    

🐑

Minha maior preocupação referente ao meu casamento com meu homem era a possibilidade dele surtar ainda mais do que já estava.

Toda e qualquer conversa que tive com ele se mostrou nula no momento que decidimos o lugar que iríamos casar e meus pais confirmaram que estariam presentes no casamento no cívil, nesse momento, nesse momento específico ele surtou de uma forma que falou sem parar por três horas seguidas, nas quais, nem mesmo ameaçando lhe punir, consegui lhe fazer parar.

Segundo ele, não era o submisso Junmyeon quem estava surtado, e sim, o noivo Junmyeon.

Pelo menos ele tinha noção que estava agindo feito doido. Mas logo se acalmou.

Este logo foi depois de o alimentar.

Com a nossa convivência, descobrir que meu homem sempre se acalma quando está sendo alimentado.

Todavia, enquanto minha preocupação estava em Junmyeon, eu esqueci um pouco de focar no meu próprio nervosismo, que hoje, está aflorado ao máximo, da forma que me incomodo por me deixar com a sensação que não tenho o controle da situação, o que para mim, e é horrível.

Legalmente, Junmyeon e eu já estamos casados, de acordo com as leis da Holanda, ele é oficialmente, o outro senhor Zhang.

Fiz questão de termos um casamento com os mesmo direitos assegurados que um casal hétero possui, que só não foi plena pois, Junmyeon não quis casar com comunhão de bens, segundo ele, não é necessário e que melhor do que eu mesmo, sabe quando eu ganho.

O que não quer dizer que não dei meu jeito de assegura-lo.

Apesar de saber que ele não precisa, Junmyeon é a única pessoa que tenho, fora as da minha família, e é a pessoa que devo cuidar, proteger e amar, e sou da filosofia que é melhor prevenir do que remediar.

Por conta disso, desse meu pequeno jeitinho, por assim dizer, Junmyeon adotou o meu sobrenome, não deixando o seu de batismo, o Kim, mas, depois do nosso casamento naquele país, ele passou a ser oficialmente, Kim Zhang Junmyeon.

Nunca irei me esquecer da forma que ele sorriu ao assinar aqueles papéis, da mesma forma que eu e nossas famílias ali presentes como testemunhas, sua felicidade foi tanta que pela primeira vez, deixou-me lhe beijar na frente dos nossos familiares sem ficar tão vermelho.

Vermelho ele ficou, mas, não dá forma gritante e perfeitamente notável que sempre fica.

Adorável.

Na manhã seguinte ao nosso casamento, voltamos para Coreia, e meus pais para China, com a promessa que, para data marcada, três meses depois do nosso casamento no civil, viriam para nossa casa, para nosso casamento cerimonial.

Nenhuma religião que eu, ou Junmyeon, possa seguir celebraria o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, então nos restou fazer a nossa própria, bom, foi ideia de Baekhyun e que particularmente gostei bastante, pois meu príncipe merece ter o melhor casamento, um casamento dos sonhos, com buffet, flores, doces, tudo que meu amor escolheu. Tudo ao seu gosto.

Estou prestes a me casar - pela segunda vez - com o amor da minha vida.

No entanto, aqui estou eu agora nervoso.

Meu foco em me manter calmo para assim deixar meu Junmyeon calmo, que em certas ocasiões cheguei a achar que fosse desmaiar, e que agora, estava sobre os cuidados de minha mãe que, tem agora em Junmyeon o filho mais dependente de si, bom, eu sempre fui mais apegado aos meus avôs, e meu amor tinha essa carência de carinho materno, então os dois uniram o útil e o agradável e eu ganhei mais uma pessoa para dividir os cuidados do meu marido, além do meu sogro.

M I R O T I C   ↬ SulayOnde histórias criam vida. Descubra agora