M I R O T I C ↬ Sulay

|30| All For Love

🐑

De todas as reações que eu poderia ter aquela noite, depois de receber aquela ligação, a única que tive, depois do meu choque passar, foi de chorar, da forma que nunca chorei na vida.

Não que estivesse chorando por ter "pedido" Junmyeon, como aquele boçal pronunciou, mas, sim, de raiva por mesmo desconfiado dele não ter ligado de fato os fatos, e pior, ter sido fraco ao ponto de não ter reação no momento que tudo pareceu desmoronar sobre minha cabeça e não ter segurado Junmyeon.

Aquela noite, eu não sei ao certo quando foi dormir, ao menos se dormir, mas, lembro-me perfeitamente de cada lágrima, de cada ligação para Junmyeon que inutilmente tentei fazer privando meu número para que seu reconhecedor de chamadas o detectasse, porém, isso não adiantou, seja lá onde for que esteja, apenas deixou seu celular tocar e tocar até que a ligação caiu na caixa postal, onde, inúmeras vezes, deixei recado, tentei me explicar e acima de tudo saber se meu príncipe dos lábios doces estava bem.

Mas, nenhuma dessas ligações foram respondidas, nem elas, e nem as que fiz para Exudus.

Na manhã do dia seguinte do meu aniversário, fui comunicado por e-mail que, qualquer problema ou reunião referente aos meus negócios seriam tratados a partir de agora, somente com Jeon Lisoo, e no meu escritório, o que em outras palavras, de modo educado, eu estava proíbido de pisar na Exudus, que por ser antes de tudo um escritório que preza seus negócios, ainda mais os que lucro como os meus, deve ter achado essa solução, ou como tenho certeza, o senhor Kim, já que o e-mail foi enviado em nome dele, em vez de cancelar nosso contrato.

O que também não me impediu de ir até a frente do prédio e esperar Junmyeon aparecer, e foi isso que eu fiz, ao longo de uma semana, todos os dias, no horário que ele chegava e que ele saía, eu estava lá esperando por ele, da mesma forma que fui até a casa do senhor Kim, mas, em ambos, não vi o menor sinal do meu Junmyeon, e ninguém, absolutamente ninguém me deu nenhuma notícia dele, nem mesmo Sehun que, por agora, estava ignorando minhas ligações e mensagens, e lá no fundo, não posso culpa-lo, da mesma forma que não culpo Baekhyun pelo soco,  afinal, fui fraco e cai em um golpe sujo e não consegui ter reação para ir atrás dele, ao menos, de fazer algo a respeito.

Tudo que me restou depois daquele dia foi as lembranças dos nossos momentos, de seu olhar decepcionado quando foi embora, e sua aliança, a qual, sempre levo comigo a qualquer lugar que vou.

Até mesmo, para Yacht, onde, agora passo quase todas as minhas noite olhando as pessoas dançarem nos andarem abaixo do privativo e tentando, de algum modo, achar uma forma de achar Junmyeon, falar com ele, até pensar em contratar um detetive eu pensei, mas, o conhecendo, é capaz de ficar com mais raiva de mim, e isso é a última coisa que eu quero.

Pois, a primeira e única coisa que eu quero é meu príncipe dos lábios doces de volta.

Não me importo com o fato de todos acharem que eu o trair, não me importa que, tirando Park, Choi, e Jeon, que não tem outra alternativa a não ser falar comigo, e quem quando tento perguntar algo de Junmyeon, parece que vai me bater, tirando esses três, todos os outros presentes na nossa casa, nenhum me dirige mais a palavra, o que pela breve ligação de Seunjun era seu objetivo, ele fez comigo o que fez consigo mesmo e fez também que todos me odiassem como odeiam ele, ou até pior.

- Você deveria descer um pouco, beber alguma coisa, dançar com alguém.

Mantenho minha atenção na pista central da Yacht, onde o mar de gente dança. - Eu estou bem aqui.

Respondo a Park que, para ao meu lado com uma bebida na mão, como sempre, afinal, essa é a marca registrada do Lorde Park, mesmo que ele não beba de fato a bebida, alias, é uma grande incógnita isso. Se reparar bem, ele fica a noite toda com o mesmo copo, com a mesma bebida.