M I R O T I C ↬ Sulay

|26| One Last Breath

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Eu não sei exatamente quanto tempo levou para tirarem Yixing de cima de Seunjun, ou de como, ou quem, chamou a polícia, a única coisa que sei referente ao tempo, foi de quando Yixing veio até mim e a vizinha me soltou, porque foi quando eu vi seu rosto machucado, seus cabelos sempre tão alinhados completamente bagunçado, e sua camisa escura com rastro de sangue.

De quem ao menos eu sabia de quem era, pois, foi quando ele me abraçou e eu me agarrei a ele.

Eu não tinha noção de tudo que estava acontecendo ao meu redor, só sabia que Yixing estava ali, estava ao meu lado.

O resto da noite passou como um turbilhão, nós indo para delegacia, Seunjun acusando Yixing de agressão, o delegado interrogando a gente. Eu não sei o tempo que fiquei ali, alguém na sala falou que eu estava em choque, mas, o pouco que consegui falar, confirmei, a tentativa de estrupo, a minha agressão anterior, e que tudo que Yixing fez, foi tentar me defender, talvez se exaltando por isso, e o testemunho dos vizinhos que, solidariamente, foram até a delegacia também confirmou isso, mas além deles o Choi Seunghyun o advogado particular de Yixing, e Lisoo, que sabe quem a chamou, eu acho que foi Yixing, mas não tenho certeza, também foram.

Me levaram depois para fazer o exame de corpo de delito, assim com Yixing que só separou de mim nesse momento. 

Meus braços estavam roxos, e o pulso do braço que Seunjun quase quebrou, abriu, meu pescoço ainda estava vermelho, entre outras coisas.

O médico que fez o exame tentou conversar comigo e eu fiz o possível para responder, e quando não conseguir falar, eu sai da sala. E Yixing entrou.

Ele não demorou muito, e quando saiu, me ajudou a levantar e fomos juntos para carro de Choi.

Tenho quase certeza que eles falavam algo, mas para mim, era como se movessem apenas as bocas, e tudo que conseguia me concentrar era em me agarrar em Yixing.

Fomos para a casa dele, Choi nos deixou em frente ao prédio espelhado e foi embora.

Depois, disso, só lembro do chuveiro, da água quente e de Yixing me dando banho com cuidado para não molhar meu braço, de ser seco e vestido e de deitar na cama, do calor das cobertas e de Yixing me abraçando, e depois tudo enfim se apagou.

Em meio a imensidão de um sonho distante, meus olhos pesaram ao serem abertos, e quando consigo os abrir, tenho como primeira visão, Yixing, meu Zhang Yixing, me olhando com seu olhar bobo que de bobo nunca teve nada fixo em mim, enquanto mexe em meu cabelo. 

Uma imagem perfeita para se ver quando se acorda de um sonho ruim, mas que em si tinha o rastro da realidade.

Rastro este presente no roxo na face de Yixing, e o pequeno corte no seu lábio inferior.

- Bom dia príncipe dos lábios doces.

Ele diz abrindo um sorriso curto e se aproximando de mim para deixar um beijinho na ponta do meu nariz.

Ao qual recebo de olhos fechados e sentindo um quentinho no meu peito, que, ao mesmo tempo me faz querer chorar.

- Bom dia Yixing. - Retribuo, mas nada além disso.

- Eu fiz o café da manhã, comprei as baguetes que você gosta, com parmesão por cima. 

Eu concordei com a cabeça, sem ligar o fato dele ter saído e voltado, e eu sequer ter notado ou acordado.

- Obrigado, mas estou sem fome. - Disse puxando mais acoberta e me encolhendo. 

- Você tem que comer um pouco príncipe. - Yixing diz mexendo no tufinho de cabelo que fica de fora da coberta e mais uma vez, eu nego.