Capítulo 7

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[N/A: Esse capítulo tem como trilha sonora a música Clumsy, da Fergie, sugerida pela Gabi nos comentários num tópico no grupo do ffobs lá no Facebook, não precisa colocar pra tocar, mas se quiser, pode 😂.]


Catherine's POV


Eu acordei antes de Holger, quer dizer, eu passei a noite acordada e levantei da cama antes que ele parasse de roncar e que seu celular despertasse para nossa corrida matinal.

E por que eu passei a noite acordada?

COMO eu conseguiria dormir depois do que aconteceu ontem? Depois de beijá-lo!

Quer dizer, depois que ele me beijou!

Segui para o banheiro silenciosamente, é melhor evitá-lo até entender bem o que aconteceu. Não que haja muito a ser entendido: estávamos alegrinhos pelo vinho, tivemos um momento, o beijo aconteceu e só. Tudo por culpa do álcool. Apenas isso. Até porque, bem... eu não faço o tipo dele.

Foi um deslize que não pode e nem vai se repetir, somos apenas partes de um contrato. Se ignorarmos o acontecimento, ele passa a não existir, certo? É algo que Sam sempre fala: se não está nos autos, não existe. O que isso significa? Eu não faço ideia, o que interessa é que nós vamos ignorar esse ocorrido, não repetiremos e seguiremos esse contrato pelos meses restantes.

Depois de lavar o rosto, a boca, fazer xixi e escovar os dentes, vesti a calça para o yoga, um top, calcei os tênis, peguei o celular, os fones e sai da forma mais silenciosa que consegui, rumando ao local em que eu tinha feito yoga por quase todos os dias desde que chegamos: uma espécie de varanda, no local chamado "Santuário Botânico", próximo ao SPA. Um local calmo, tranquilo e vazio, onde eu podia fazer yoga relaxada e sem preocupações.

Inferno.

Quase uma hora depois de chegar ali, eu estava de saída para correr. Coloquei os fones e deixei que a música alta soasse, sentindo meu cérebro agradecer e me odiar ao mesmo tempo, já que agora se ocuparia em reconhecer e armazenar a música, em não deixar meus tímpanos explodirem, nos movimentos das pernas e braços para a locomoção, na cadência da respiração, em dar o toque para as glândulas liberarem suor e outras tantas atividades que meu corpo tinha que realizar para correr, e não teria tempo de pensar em tudo aquilo de antes.

Meu estômago roncou alto depois de um bom tempo correndo e eu resolvi atendê-lo, afinal, se eu continuar correndo, provavelmente vou encontrar com Holger, é melhor ir comer e ir para o SPA sozinha.

Mas, claro, a vida não funciona como eu planejo. Nunca.

Quando me virei para ir a caminho do restaurante para tomar café, eu esbarrei em alguém.

Não em um alguém qualquer.

Esbarrei no alguém chamado Holger Badstuber.

E eu cai.

Ele não teve tempo de me segurar e impedir que eu tomasse um tombo, eu me choquei com seu corpo e cai de bunda. Porque apenas esbarrar nele não era o suficiente, eu precisava ser humilhada e cair de bunda.

- Cat! Você está bem? – Holger perguntou preocupado, me ajudando a levantar.

Eu quis responder um "claro que não, eu estou humilhada e envergonhada, não tem nada bem comigo!", mas aqueles olhos... aqueles olhos não me deram a chance de ser sincera e mal educada.

- Sim. Foi só um tombo. – respondi, ficando de pé. – Obrigada.

- Eu fiquei preocupado, acordei e não te vi.

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