SPIN-OFF: Venezia

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Stuttgart, 27 de agosto de 2017

- Eu quero dormir mais. – Holger soltou em um resmungo quando sentiu Catherine lhe beijar o pescoço. – Sai daqui.

- Não. – ela respondeu desaforada. – E eu acho bom você acordar, eu quero sair.

- Vai chover.

- Eu não sou de açúcar. E nem você.

- Talvez eu seja, eu sou um docinho. – Holger falou debochado e Catherine fez uma careta, tentando se afastar de Holger e ele deu uma risada, puxando-a para mais perto e lhe deu um selinho.

- Tira essa sua boca nojenta da minha, porco.

- Você acha que vai chover? – Holger perguntou, finalmente mais desperto, e a soltou de seu abraço, sentando-se na cama e se espreguiçando.

- Não sei, mas eu quero sair. Comer fora, passear um pouco...

- Pode ser. – Holger deu de ombros. – Vamos tomar café e podemos sair.

- Fico no aguardo.

- Eu te chamaria para ir ao zoológico, mas você não vai.

- Não mesmo. E nem você.

- E o que acha de irmos ao Maurischer Garden?

- Parece bom. – Catherine respondeu pensativa. – Mas temos que ficar de olho no tempo, pode chover.

- Vamos comer e decidimos. – ele respondeu, ficando de pé e Catherine deu uma secada no corpo seminu de Holger. – Quer um babador?

- A resposta que eu gostaria de te dar não pode ser dita antes das dez da noite.

- Em alguma parte do mundo já são dez horas da noite. – Holger piscou, dando um sorriso cheio de segundas intenções.

- Sim, mas nessa parte do mundo em que nós estamos ainda não é, então vá logo comer e para de enrolar. Eu quero sair!

- Sim, senhora. – ele respondeu, saindo do quarto e caminhou até a suíte.

Catherine pegou o celular, depois de ter uma ideia, enquanto esperava Holger terminar o que é que estivesse fazendo no banheiro.

- Você morreu ai dentro? – ela perguntou alto e poucos segundos depois Holger abriu a porta do banheiro, enrolado à toalha e fez uma expressão óbvia. – Você tomando banho? Jamais achei que viveria pra ver isso.

- Idiota.

- Eu estava pensando...

- Você pensando? Jamais achei que viveria pra ver isso. – ele repetiu as palavras de Catherine e recebeu um dedo do meio erguido como resposta.

- Enfim, eu estava pensando... Hoje em Veneza vai fazer sol o dia inteiro.

- Tá... e o que isso tem a ver?

- Nós vamos pra Veneza.

- Vamos?

- Sim. E você está nos atrasando.

- E como nós vamos pra Veneza?

- Por teletransporte. Eu comprei uma máquina muito boa e quero testar. – Catherine respondeu debochada, levantando-se da cama num pulo. – Vou tomar um banho e nós vamos sair, tomar café em Veneza e passar o dia lá.

- Que horas nosso voo sai?

- Em uma hora. Vista uma roupa confortável e fresca, lá está quente. – ela respondeu dando um sorriso arteiro e se enfiou no banheiro.

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