Deliciosamente Fascinado.

26.

Maximiliano Lário's.

Eu fui o primeiro a acordar, e desejei não ter feito,meu corpo doía a cada misero movimento,  quanta dor pode aguentar um coração? Eu descobri no mesmo dia que  meu coração virou em pedaços e tantos pedaços que ainda não fui capaz de os juntar ainda, o grande exemplo pra mim tinha ido, meu pai morreu em um acidente de carro onde eu era o piloto onde eu estava dirigindo e por relance de alguns segundos tudo acabou dando errado, sinto a falta do meu pai todos os dias em tudo e por todos os dias nos 4 vamos chorar por ele não estar mas aqui, por não termos mais um pai pra apresentar aos nosso filhos, ou um pai para pedir conselhos.

Não poder dar adeus foi o que mas doeu, quando lembro que minha mãe foi tirada do coma induzido ela iria acordar viúva era algo que eu não queria presenciar, o coma induzido a traria bem, ela voltaria de volta pra nós, mas metade dela ficaria no acidente quando ela descobrisse que meu pai havia morrido por imprudência minha, por que eu não sabia apertar bem um pneu trocado.

Na tarde em que ela acordou estávamos todos no quarto, Yan, Mia, Alec, Louise, Hope, o pequeno Henrry, Melinda Matheus e Olívia, meu corpo estava no quarto ouvindo minha mãe gritar, mas meus pensamentos não saíram do momento em que tudo aconteceu, em qual parte eu errei, onde não fiz direito que levou tudo isso acontecer  a pista estava livre não bati em nada, não foi erro mecânico foi um erro meu. Pelo meu erro meu pai está morto, meus irmãos órfã e minha mãe viúva.

Minha mãe ficou por dias calada, era como se não tivesse saído do coma, quase não comia, não se movimentava ela estava ali mas não estava, quando olhava em seus olhos eu podia ver quão doloroso estava sendo pra ela. O psicólogo do hospital disse que era normal depois de uma perda grande era normal se sentir assim meio morta viva, era normal se sentir mal ela havia perdido o companheiro de anos, o amor da vida dela e pais dos seus filhos se acostumar com a perda era algo muito delicado teria que dar tempo ao tempo pra ela.

A partir daquele dia eu passei evitar a minha mãe, eu ia ve-la enquanto ela ainda dormia, seu olhar pra mim dizia tudo, ela não queria me culpar mas ainda assim seu olhar dizia outra coisa quando se sobrecaia em mim. Ninguém dizia mas eu sabia que no fundo todos pensavam a mesma coisa.

Com uma bela quantia consegui que me deixassem ficar no hospital me aterrorizava pensar que poderia dar as costas e perder minha mãe também.

1 semana depois a  vida continuou mas a minha ainda estava parada, meus hematomas estavam se cicatrizando, meu gesso foi substituído por uma bota ortopédica me proporcionando pisar no chão novamente com os dois pés e me livrar do par de muletas chatas, mas ainda assim parada, não conseguia saber o que fazer com tudo isso, Yan tinha Louise, Matheus Olívia e Alec Mia e eu tinha que voltar pra casa no silencio e solidão que aquele lugar fazia, então sempre optava por ficar com nossa mãe.

Sinto uma lágrima solitária descer pela minha face, enxugo e não me permito chorar ela não tá morta, ela vai fica bem preciso ser forte pra quando ela reagisse dar todo apoio que ela iria precisar, olho mais uma vez pra ela dormindo de costas pra porta, minha mãe receberia alta a qualquer momento e não sei como seria daqui pra frente.

Desço a cafeteria do hospital e algumas pessoas me cumprimentam, quando se mora no hospital, as pessoas conhecem sua história, conhecem toda sua trajetória.

Pego meu café e caminho de volta, corredor está interditado por que houve um problema com um ferido, esta fechado para limpeza preciso dar a volta, por um caminho que não conhecia ainda, passo em frente uma sala e depois outra e outra até ser levado a um corredor, estava levemente perdido. Olho em volta e quando estou voltando vejo um senhor.