27.

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Clara Wallker.

A música invade o lugar, estrondoso aos ouvidos de qualquer um amigo mas pra mim estava ótimo já era a terceira apresentação da noite e meu corpo estava exausto, eu estava a ponto de cair no chão e chorar e chorar até me desidratar e tentar morrer.

Saio do palco e viro outra dose já havia perdido as contas de quantas tinha sido, não conseguia ver tão lúcido a minha frente mas meu corpo estava dormente a dor, a minha garganta fechada aos meus pensamentos que só imploravam para Max não morrer, tudo em mim pedia pra me levar em seu lugar que eu merecia provavelmente morrer e ele não, ele era um cara legal que sofreu horrores por minha causa, não merecia morrer assim, não tão magoado.

Volto pro palco e meus pés se movem por pura luxúria automaticamente meu corpo se mexe, meus olhos se fecham e sinto meu corpo leve, todo a tensão se esvair e o relaxamento tomar conta de mim, a música  começa acelera e quando piso no primeiro piso acabo me desequilibrando caindo mas ainda assim não paro, sinto algumas mãos em mim e logo depois sou puxada pra fora do palco e a última coisa eu vejo é seus cabelos longos em volta de mim.

Acordo  com o cheiro de café e o sol invadindo todo o quarto, malditas cortinas coloco a mão no meu rosto tentando não ficar cega com toda essa claridade infernal que a manha trás olho ao redor e vejo que estou em meu quarto, a pergunta é como cheguei em meu quarto e quem estria fazendo café?

Me levanto e no momento que meus pés tocam o chão minhas pernas fraquejam e desejo voltar pra cama, me sento e esfrego os olhos.

-Nossa dessa vez você se superou Clara._ sussurro pra mim mesma e me levantou outra vez.

Caminho devagar desço as escadas e quando chego na sala vejo Alerrandro lendo um jornal. Faço uma careta e cogito subir novamente pro quarto e me fingir de morta pelos próximos meses.

-Se ficar tanto tempo parada pensando se vai descer ou não eu vou até ai.

Reviro os olhos e acabo de descer as escadas me jogando ao seu lado no sofá, dentre esse um ano que se passou  Alerrandro e eu ficamos íntimos criamos um laço de amizade muito grande.

-Suponho que você seja o responsável por eue star em casa.

Ele me olha por cima dos óculos.

-Suponho que eu sou o responsável eu tenha trago você inteira sem ter sido estuprada pra casa.

-Foi tão ruim assim?

-Beber mas que seu corpo aguenta, subir me um palco praticamente nua com um lugar lotado de homens sedentos para por a mão em você e você desejando isso, parece ruim pra você?

Enrugo  a testa e sei que dos limites eu havia passado a  muito tempo.

-Quando chegou?

-Um pouco antes do seu show na boate, quando não te vi em casa soube onde te encontraria, soube do Max pelos jornais peguei o primeiro voo e quando cheguei você estava bem mais alegre que eu esperava,  e sei que tudo isso poderia ter ido por água a baixo com seu showzinho vulgar ontem.

-Me desculpa.

-Quer extravasar sua raiva? Vou te colocar em uma aula de boxe e você pode socar o saco até desmaiar, mas não pode beber e sair por ai, chegamos até aqui pra você se entregar de bandeja pro seu ex louco.

-Só queria voltar e ter uma vida normal.

-Vida normal pra você é correr pro hospital e ficar velando ele?

-Alerrandro Jesus  ele não está morto.

-Foi apenas modo de dizer Clara, se quer fazer isso eu cerco todo aquele hospital com seguranças, mas não quero que corra risco.

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