Bônus.

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Clara Wallker

-Bart você precisa abrir seus olhos qual é, eu estou parecendo um romano enrolada nesse lençol não tem mas nada pra ver que você já não tenha visto.

Bart se recusava a abrir os olhos e me ver nua novamente, Chris me jogou no porão super confortável em vista de ficar com ele isso aqui é o paraíso e jamais reclamarei. Mas se ele me colocou aqui novamente é por que algo lá em cima saiu do controle dele, algum imprevisto aconteceu.

-Bart vou subir as escadas e ver se eu escuto algo, pelo amor de Deus abre esses olhos e me ajude a pensar uma maneira de sair daqui sem comer mais ninguém. _ falo e subo as escadas até a porta que separa a sala do porão uma porta simples onde ninguém notaria que aquilo era um matadouro de gente, praticamente um açougue.

Colo meu ouvido na porta e me esforço para liberar minha mente e ouvido somente o que está acontecendo do ouro lado da porta, ouço a voz de Chris grave e alta como sempre soando autoritária. Mas o tic, tic, tic, que me chamou atenção era um som longe e meio agudo. Merda! Era som de salto?

-Bart tem uma mulher aqui._ digo apavorada.

Bart abre os olhos e me olha com a mesma expressão aterrorizado.

Poderia ser apenas uma empregada, uma amiga, ou até mesmo a vaca da mãe dele, mas qual a chance de eu esmurrar a porta e ela acabar aqui dentro com a gente ou em uma panela fervendo?

-O que está ouvido?_ ele pergunta.

-Agora tudo está quieto, muito, muito quieto, meu Deus Bart acha que ele vai matar ela?

-Clara quando disse que tinha um ex complicado jamais imaginei que ele praticava canibalismo e era filho da porra do governador, se tivesse me dito teria andando com explosivos na cueca pra pipocar tudo isso aqui e dar o fora ficando o mais longe desse louco, então é seja lá quem estiver lá em cima vai virar jantar.

Os anos que morei junto com Chris eu nunca poderia imaginar algo assim, ele tinha uma mente escrota e doentia mas isso? Estamos falando em comer carne de pessoas de pessoas que tem uma vida, que é mãe, filha irmã, tipo eu não gosto de pensar que as pobres vaquinhas virão churrasco mas pessoas isso era algo contra a lei da vida, da cadeia alimentar e do raciocínio.

Depois do jantar inacreditavelmente não coloquei tudo pra fora por vontade própria mas depois que Chris me trancou em um quarto eu enfiei dois dedos na garganta e joguei tudo que tinha no meu estômago,mas o que me deixou chocada é que meu estômago não rejeitou a carne humana o que me deixava ainda mais aterrorizada, eu vivi anos com alguém que eu não fazia ideia de quem era, eu tento me lembrar das vezes dos jantares de tudo o que poderia ter acontecido nessa casa de estranho mas não me lembro de detalhe algum. Tirando Chris e sua mente doida tudo parecia normal.

-Bart!_ chamo voltando pra baixo.

-Oi! _ ele fala ainda deitado, a bala ainda estava dentro dele e não sei se aquilo doía como minha mente imaginava ele apenas não falava o lugar onde um dia teve um dedinho agora tinha um pano enrolado.

-Você tem filhos?

-Não! _ ele responde me olhando. - Filhos não era algo que eu tinha nos meus planos, ir pro exército é sentença de morte na maior parte das vezes e não queria ter um filho pra viver longe dele metade da minha vida e voltar dentro de um caixão, depois virei segurança particular e quando achei que tudo tinha ficado mais suave aqui estamos nós em um porão de um canibal maluco, sinto falta é do exército. _ diz sorrindo.

Eu não podia descrever o quanto me sentia uma egoísta de merda por ele estar aqui, eu estava tão feliz, tão aliviada por ele esta aqui comigo. Queria Boltton por que ai si eu teria uma dupla imbatível, mas parte de mim fica feliz que ele esteja lá fora sã e salvo e com todos os dedinhos.

Deliciosamente Fascinado.Onde histórias criam vida. Descubra agora