Clara Wallker.
Quando subo as escadas do porão meu estômago se revira querendo jogar tudo pra fora, a mente é perigosa quando se é instável, um cheiro, uma imagem, um gosto m toque pode te inundar de tantas lembranças que isso te sufoca até a morte se não saber lidar com tudo que é jogado em cima de você.
Lembro de cantarolar uma música que sempre cantava para Jocelyn quando eu podia colocar ela pra dormir.
Aqui estou eu, na minha antiga casa, casa onde eu pensei que seria feliz que eu achava que poderia comprar cortinas novas ou um tapete pra sala de estar, mas a única coisa que consigo pensar e me lembrar é de ser arrastada pelos cabelos como se estivesse em cima de um pano em uma brincadeira inocente. Ah já rolei aquela escada foi quando quebrei meu primeiro osso.
Olho ao redor e tudo permanecia igual, eu consegui fugir do inferno que me prendeu por anos e aqui estou novamente como se nunca tivesse saído.
Cruzo meus braços em frente ao peito e aperto forte meu ombro olhando ao redor.
-A casa está linda Chris._ sussurro tentando fazer ele falar algo.
-Eu deixei igual a antes, não queria que você se sentisse estranha quando voltasse.
Quando voltasse... Ele sabia que me encontraria.
Ele sempre me achava, não sei por que dessa vez me agarrei algo achando que poderia ser diferente.
-Onde está seu pai cachorrinha?
Começo a responder mais ele leva a mão ao bolso me fazendo recuar dois passos para trás.
Ele sorri.
-Desculpe se te assustei, eu apenas vou pegar um cigarro._ fala me mostrando o maço. - Então?
-Eu não sei, não vejo meu pai desde que ele me obrigou a ir pra Nova York e me deixou sob os cuidados do Evans. _ falo o mais firme que consigo implorando pra ele cair nessa, pro detector de mentiras que ele tinha instalado na cabeça não começasse apitar e ele tentar arrancar a verdade de mim. Me sinto uma vaca maldita por mentir mas Bart precisava de Chris com calma e tranquilo.
-Chris._ digo me aproximando. - Onde está a Jocy?
Ele traga mais uma vez e solta a fumaça em meu rosto me esforço pra não tossir se tossir eu apanharia por que cachorrinha bem treinada não tossia.
-Jocy? Jocy? Ah! Jocelyn? Mal me lembrava desse apelido ridículo que você colocou na pulguinha.
-Pulguinha?
-É Jocelyn pegou piolho na escola e aquilo parecia uma epidemia, então concordamos que o apelido dela ficaria bem como pulguinha.
Queria sorrir do apelido idiota mas por um lado fofo, Chris poderia ser louco de pedra mas nunca, jamais machucaria a própria filha.
-Onde está a pulguinha?
Ele deixa o cigarro em um cinzeiro e vejo a fumaça subir lentamente.
-Ela está em um lugar seguro, por que a mamãe voltou pra casa e precisa descansar não é?
-S-sim. _ repondo temendo onde possa estar minha filha.
-Vamos vou te ajudar a toma rum banho.
Quando Chris o, Chris racional que eu conheci na escola, que andava de jaqueta de couro e óculos escuros e se oferecia pra carregar meus livros fala assim, poderia enganar qualquer pessoa, conquistar qualquer coração, ele era atlético, lindo e por todos esses anos andou malhando bastante dando vida aos músculos que ele já tinha quando mais novo.
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Deliciosamente Fascinado.
RomanceNão tem hora nem dia, sem avisar o amor vem, dilacerando tudo por dentro, arrancando tudo de você. Rouba sua paz, muda sua rotina, vira sua vida do avesso, era assim que Maximiliano Lário's o empoderado e arrogante Deus do sexo e do controle se se...