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Clara Walker

Quando acordei parecia que eu tinha acabado de fechar os olhos, em uma noite de domingo e meu despertador tinha tocado as 5 da manhã pra ir trabalhar, não fiquei em coma como nos filme,s onde minha alma saia do corpo e eu podia escutar tudo a minha volta, não foi nada disso foi apenas como um sono tranquilo em minha cama depois de um dia longo.

Até eu me lembrar por que estive em coma.

Depois de um ano inteiro no celibato sentir Chris dentro de mim foi como sentir um vazio, um eco no escuro fechei meus olhos ouvindo a voz grave do Max do outro lado mas ainda assim não era seu toque, não era seu cheiro  não era ele.

A voz dele invade minha mente e tudo se quebra, dói, machuca de uma maneira que não é consertável, não era a primeira vez que Chris me forçava a isso, que eu tinha que me deitar e esperar ele fazer o que quer, mas era a primeira vez que a voz de Max do homem que eu amava estava na minha cabeça, eu desejei morrer a cada toque, a cada estocada que Chris dava a cada gemido no meu ouvido.

Foi ai, exatamente nesse momento que ele descobriu o pequeno ponto de telecomunicação  e tudo se perdeu por completo, a voz de Max foi embora um tapa, dois tapas e outros chute, mas a dor é conhecida não me afeta como ele acha que afetaria, a dor naquele momento era tão bem vinda, era algo que eu sentia que me mantinha lúcida.

Mas não parou a mente humana tem reações controversas que nos levam ao limite, Chris era o irracional da mente doentia quando ele me colocou dentro daquele quarto atrás de uma estante de livro que aos olhos comuns era muito bonita por sinal, era minha área restrita onde eu não podia entrar e era ali que ele fazia o que queria com mulheres enquanto eu estava cozinhando, no quarto lendo ou amamentando sua filha.

Era ali que um corpo jovem, miúdo de uma menina linda com cabelos tão escuros, era ali que ele roubou sua virtude, sua alegria, seus sonhos, sua vida.

Ela morreu sozinha, com dor e o último rosto a ver foi o dele, era tão jovem poderia ser qualquer uma, poderia ser a Jocelyn.

Ah Jocelyn.

-Eva tinha 14 anos, o que sentiu quando entrou e viu ela pendurada lá?

Eva? Esse era o nome dela? Ela se parecia com Eva, ela tinha a doçura de ser uma Eva.

-Medo, eu nunca tinha sentido tanto medo na vida, mas quando eu entrei eu temi, não por mim mas por todas as garotas que tinham passado por lá, de algum modo dentro de mim eu soube que Eva não tinha sido a primeira.

Dandara minha mais nova amiga/ psiquiatra anota algumas coisas ela estava me preparando fazendo as mais cruéis perguntas que eu poderia imaginar.

-Me diz por que não denunciou Christhoper?

-Sabe onde estamos? Sabe as leis que se aplicam pra mulheres como eu e homens como ele? Sabe qual chance ele teria de ser preso?

Ela concorda e sei que ela entende Chris é filho do governador não ficaria preso por agressão estão com medo dele não ficar preso por se rum seria killer.

-Eu entendo você. _ ela diz. - Ma o juiz o júri ninguém vai entender se você disser que a justiça dos Estados Unidos é tão falha, Clara se concentre eu sei que está cansada que quer sai daqui tomar um banho mas acredite depois de mim o agente Maddox vai invadir isso e te fazer um robô humano pra sentar no tribunal, eu estou tentando só amenizar o seu lado sentimental.

Eu sei que Dandara está fazendo o que pode mas não é assim que as coisas funcionam eu estava com metade de mim aqui a outra continua presa dentro daquele maltido quarto com a jovem Eva.

Deliciosamente Fascinado.Onde histórias criam vida. Descubra agora