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Clara Wallker.

O mundo muda na vida de alguém e tudo parece ficar estranho o gosto de chiclete de morango tem gosto de féu amargo, isso eu narro na vida adulta e na vida de uma criança?

A mente onde arco- íris e algodão doce são as melhores coisas do mundo, onde o sonho é chover balas e as nuvem serem fofinhas e estrelas brilhantes, a vida de uma garotinha de cinco anos acaba de mudar drasticamente, tudo que ela conhecia acabou, o seu mundo, a sua vida, sua rotina, sua casa agora tudo seria diferente inclusive seus pais.

Então eu não me magoei, não fiquei brava nas quatro vezes que fui vê-la e ela não falou comigo me ignorou por um brinquedo qualquer como se eu não estivesse ali, Kim a responsável por ela no conselho disse que Jocelyn tem uma inteligência sobre humana que ela é daquelas nerds que estaria na faculdade com 15 anos, então que mentir seria uma opção falha desde que seu programa de TV preferido era sobre cálculos e bichos e jornais, ela adorava animais tanto quanto sorvete.

Kim me indicou omitir em vez de mentir o pai estava preso por que fez algo muito ruim, o motivo poderia esperar uns anos quando ela realmente entendesse a importância de não matar ninguém.

Jocelyn ainda não conseguia entender por que não podia ver o pai, era irrelutavel contra isso, ela queria o pai e não mudava de ideia de forma alguma, Christhoper cuidou e educou bem a pequena, creio que a única coisa boa que ele fez na vida inteira. Então não tive opções não contra todos os argumentos que Jocelyn dizia a Kim já eu não falava diretamente comigo, minha única opção de ter uma vida normal com a minha filha era isso, é ruim, é cruel é estranho mas uma garotinha de cinco anos que usava uma franja me obrigou a traze-la para ver o pai preso por matar outras 15 garotas.

Depois de uma autorização do juiz, vara infantil, uma visita com 5 policiais, duas agentes eu e Jocy e nosso manipulador Christhoper seria o ponto alto da minha vida e eu torcia para que ele abrisse  boca para dizer algo bom.

Nos acomodamos em uma sala com uma mesa e todos ficamos quietos as perninhas de Jocelyn balançavam a todo momento usava um tênis super rosa e um meia calça brilhante por baixo do vestido, a porta se abre e dois policiai entram com Chris, ele não usava algemas mas se um passo fosse dado em falso acredito que eles estourariam a cabeça dele na nossa frente com ou sem Jocelyn na sala.

-Papai! _ Jocelyn pula da mesa correndo ao encontro dele.

Os guardas ficaram a postos.

-Oi pulguinha. _ diz se abaixando e a todo movimento os guardas acompanhavam Jocelyn pareceu achar engraçado, como se estivessem brincando de mímica. - Como você está? E o acampamento era tão legal quanto na propaganda?

Jocelyn abriu um enorme sorriso.

-Maravilhoso. _ ela diz perfeitamente. - Tinha tantos animais você iria adorar papai, eu conheci animais que nem sabia que existiam , não tinha no nosso livro.

Chris ergue o olhar e pela primeira vez desde que entrou olha pra mim, abaixo a cabeça não estava ali por ele não estava fazendo isso por ele, eu queria apenas deixar Jocelyn se despedir.

-Papai precisa conversar uma coisa muito séria com você agora.

-Chris.. _ falo mas ele ergue a mão e eu conhecia bem aquele sinal.

-Meu amor, papai vai passar um tempo aqui, lembra que conversamos que um dia que papai iria precisar ficar fora por um longo tempo? E uma moça muito bonita e boazinha viria para te levar?_ ele pergunta e ela balança  cabecinha. - Então ela é a  moça bonita e boazinha e você pode chamar ela de mamãe se quiser, ela vai cuidar de você por um longo tempo por que o papai tem que ficar aqui pra se curar de uma doença muito feia, e você não pode mais vir aqui me ver mesmo que sinta saudades papai vai estar no coração.

Deliciosamente Fascinado.Onde histórias criam vida. Descubra agora