Clara Wallker.
Encosto minha testa na janela fria do carro e meu lamento faz a janela se embaçar e desembaçar em um ciclo sem fim, o caminho de casa nunca foi tão longo, tão doloroso e silencioso.
Quando adentramos a garagem mal deixo Bart estacionar e saio correndo para o elevador, não queria ver ninguém no momento em que meu coração não estava no corpo no momento que eu desejava apenas ser a garotinha de anos atrás e não cruzar o caminho de Chris tudo seria tão diferente agora.
Sento de costas pra cabeceira da cama com os joelhos no peito os abraço e aperto o máximo que consigo, eu precisava sentir algo nesse momento algo que me fizesse saber que estava viva mesmo sem se sentir assim, eu estava surtando com tudo isso, Max, as coisas que me disse da maneira que disse.
Ele realmente poderia achar que eu sou uma prostituta?
Como ele poderia pensar isso de mim passamos um bom tempo junto tempo suficiente para mim conhecer um pouco do lado amoroso e amigável dele, um lado que nem todos tinham o prazer de conhecer, Max era fechada assim como os irmãos um pouco amoroso demais como Alec risinho demais como Yan e sombrio como Matheus, ele era uma mistura montando uma combinação perfeita de ambos.
Ele era a perfeição. Jesus como era lindo.
O quarto estava totalmente escuro iluminado apenas por uma fresta de luz vindo da cidade, meus olhos observam aquela pequena luz entrando e minha vida era aquela coisa ali tão frágil tão minúscula eu estava cansada, fazer escolhas onde todas elas te magoam cansava, se eu escolher correr pra Max perco tudo de bom que um dia fiz na vida, se eu escolher ficar e seguir as regras eu perco o homem que eu amo, nos dois eu perdia, nos dois eu sofro.
Apoio minha cabeça no joelho e sinto meu choro molhando toda minha perna, isso nunca teria fim mesmo ele não me encontrando ele ainda tinha controle sobre mim ele ainda mandava em minha vida.
Ele ama me ver sofrer.
-Clara._ a voz suave de Alerrandro quebra o silencio.
Não estava preparada pra ver ele, quando ele entrou no camarim eu estava exposta, com o top desamarrado com uma versão nada gentil de Max gritando o quanto eu era uma vagabunda.
Tenho nojo de você.
Se não o ama deveria ama-lo.
-Vamos lá Clara fala comigo, sou eu, somos nós me deixe entrar.
Continuo no silencio, ouvindo apenas meus soluços abafados com a minha mão.
-Sabe que vou continuar aqui, sou bem insistente quando quero.
Me levanto e sinto minas pernas protestarem por estarem tanto tempo na mesma posição, mas não me importo, coloco a mão na maçaneta e abro a porta vendo Alerrandro apoiado com a cabeça na lateral.
-Estava aberta._ sussurro.
-Eu sei, mas não queria entrar sem você me permitir, já teve sua cota de homens te falando o que fazer ou invadindo seu espaço.
Volto pra cama e abraço novamente meus joelhos sem olhar pra ele.
-Posso me sentar aqui?_ diz apontando pra cama.
-É sua casa Alerrandro pode fazer o que quiser.
-Legalmente é da minha irmã, mas entendo e sei o que está querendo fazer Clara.
Olho pra ele estreitando os olhos em minha direção.
- O que acha que eu estou fazendo?
-Auto destruição e sinto te dizer não funciona até você levar a sério eu tentei.
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Deliciosamente Fascinado.
RomanceNão tem hora nem dia, sem avisar o amor vem, dilacerando tudo por dentro, arrancando tudo de você. Rouba sua paz, muda sua rotina, vira sua vida do avesso, era assim que Maximiliano Lário's o empoderado e arrogante Deus do sexo e do controle se se...