P. O. V. Gerard
Não pode ser, aliás, o que significa duas faixinhas? Sim? Não?
Saio do banheiro e encontro Bert apreensivo:— E então? Sim ou não? — Ele pergunta dando pulinhos e sorrindo animado.
— Bert!
— O quê?
— Por que tá sorrindo?
— Sei lá. — Ele dá de ombros. — Mas e aí?
— Eu não sei. — Olho o teste. — Por favor, me diz que duas faixinhas é não. — Pergunto segurando o choro na garganta.
— Bom... pelo menos o outro pai é rico né? — Ele diz desfazendo o sorriso.
Começo a chorar e Bert abre os braços vindo até mim e me abraçando.
Eu não consigo acreditar, não é possível que isso esteja acontecendo. Eu passei a minha vida me prevenindo pra isso não acontecer e agora eu vacilei, não pode ser.
— Eu preciso me livrar disso. — Digo saindo do abraço e secando minhas lágrimas.— Mas você precisa avisar o cara, tipo, o filho também é dele. — Ele diz e balanço a cabeça negativamente.
— Não, mesmo se ele soubesse, não se importaria. — Digo e suspiro. — Vamos fazer as compras e aproveitamos pra comprar canela.
Bert insiste mas coloco um ponto final na conversa, já que isso não tem nem cabimento. Eu não tenho nem uma casa só minha, nem emprego e nem nada. Eu nunca fui fã de crianças, eu gosto delas bem longe de mim e quero que continue assim.
Bert vai comigo até o mercado, a noite traz um vento agradável que bate em nossos rostos. Eu gosto de ser livre, de não ter que me preocupar com nada e nem filhos.
Entramos e pego um carrinho indo direto no corredor de biscoitos, Bert ri e me segue. Paro o carrinho e escolho a minha preferida, quando estendo minha mão pra pegar, outra pega primeiro e sigo os olhos até o dono das mãos tatuadas. Frank.
— Gerard? — Ele me olha e cruzo os braços revirando os olhos.— Não, Paris Hilton. — Respondo e pego outro pacote colocando no meu carrinho.
— Eu não te vi mais depois de... Você ter fugido.— Então é ele? — Bert se intromete com um sorriso gigante no rosto.
— Ele? — Frank levanta uma sobrancelha.
— Não te interessa, Bert! — Sussurro.
— Posso falar com você, Gerard? — Frank pergunta e quando penso em recusar, Bert puxa o carrinho da minha mão.
— A gente se encontra em casa. — Ele desaparece mudando de corredor.
Suspiro e saio do mercado na frente, ele resolve não levar nada e me segue. Deixo claro que estou com fome e quero ir em uma lanchonete e ele me leva, o que esse cara quer me dizer?
Ao chegar, já faço meu pedido e ajeito minha bunda no banco:— O que quer me dizer, Frank?
O alfa parece procurar uma maneira de me dizer, me encosto na cadeira esperando sua boa vontade e ele finalmente se pronuncia:
— Eu queria me desculpar por te obrigar a ser meu faxineiro, as coisas que você roubou realmente não tinham tanto valor. — Ele diz e acabo rindo. — O que foi?
— Eu pensei que sei lá, iria me contar algo extraordinário. — Coloco as mãos na mesa. — Mas tá tudo bem, eu te perdôo.
— Mesmo depois daquela noite...? — A garçonete traz nosso pedido e seguro meu x-tudo já comendo e deixando Frank por um tempo no vácuo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
It's My Baby - Frerard
FanfictionOnde Frank é um alfa que se assume gay pra família e por conta disso é rejeitado pela mesma. Ele acaba se mudando e resolve sair pra beber, Frank acaba encontrando um Ômega por quem se apaixona. Após abrigar ele e ser roubado pelo mesmo, encontra o...