We are family.

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           P. O. V. Frank

  
   Quando as pessoas me falavam em casamento, eu pensava nas mil maravilhas que seria se eu me casasse. Amor é uma palavra que descreve um sentimento muito forte e as vezes podemos nos enganar sobre ele, quando temos certeza de tal amor verdadeiro, não podemos deixar ele escapar das nossas mãos.

    Dallon foi embora. O casamento estava decaindo, talvez eu não fosse o suficiente pra ele, talvez a falta de um filho legítimo o machucasse demais, ou a perda do seu. Pensei que com as meninas por perto ele seria mais feliz, mas parece que elas só o lembravam do nosso bebê que morreu antes mesmo de nascer. Me doeu, não vou negar que me doeu mas eu superei, não era o momento e Dallon não entendia aquilo.

    Então ele disse que o problema era eu. Não eram as meninas, não era ele, era eu. Todas as vezes que o assunto levava ao Gerard, ele enxergava a minha saudade e amor por ele, Dallon sabia que meu coração nunca tinha sido dele. Cherry e Lily são minhas filhas e também as do Way,  isso sempre levava meus pensamentos ao cabelos de fogo, Dallon tinha o dom de perceber.

    A verdade que ninguém sabia é que Dallon e eu rompemos, ele disse que não ficaria com alguém que não o amasse de verdade, disse que Cherry e Lily também preferiam o Gerard e ele se cansou daquilo. No mesmo dia que a intimação de divórcio chegou, me chegou também um grande presente, Miles.

 
     — Me conta o que aconteceu, as meninas estão com o Bert. Onde está o Dallon? — Gerard me pergunta e tiro os olhos do pequeno enquanto ele dorme e levo eles ao ruivo.

      — Ele e eu nós... Não deu certo. — Digo dando de ombros.

      — Mas vocês se casaram, estavam vivendo juntos, pensei que estava feliz.

      — Eu também pensei. O Dallon merece alguém que valorize ele como eu não valorizei, nós vamos nos divorciar e eu vou me recuperar. — Digo esperançoso.

       — Eu lamento por isso, Frank. — Ele me abraça gentilmente.

  Retribuo o abraço sentindo a nostalgia do momento, a sensação que eu sentia falta e que finalmente eu estou sentindo de novo. Os braços sobre meus ombros me abraçando me trazem algumas memórias distantes, uma única ação traz à tona meu passado.
   
      — É porque eu ainda te amo. — Digo fazendo ele terminar nosso abraço e me olhar confuso. — Foi por isso que o Dallon foi embora.

     — Você disse isso pra ele?

     — Eu não precisei. — Digo e balanço a cabeça negativamente me afastando. — Desde o começo, desde que eu te vi naquela palco cantando. Gerard, eu acho que nós somos destinados um para o outro.

      Eu digo e ele fica alguns segundos processando e começa rir, começa a se aproximar ainda risonho e coloca as os braços sobre os meus ombros me olhando.

      — Frank, eu adoro seus olhos, sua altura, seu jeito, seu cheiro, a sua genética. — Ele olha brevemente Miles que dorme feito um anjo e volta a me olhar. — Você é tudo que eu poderia querer. — Gerard diz e eu sorrio. — Se eu já não tivesse alguém.

       — Você tem alguém?

       — Tenho e ele se chama Nikki, mas eu costumo chamar ele de daddy. — Ele responde se afastando de mim com um sorriso provocativo. — Tá sempre cuidando bem de mim, Miles adora ele.

       — M-mas ele não é o pai do Miles, eu que sou. — Digo afetado e ele dá de ombros.

       — As coisas não são do jeito que você pensa. — Gerard se apoia na bancada da cozinha cruzando os braços.

It's My Baby - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora